24 de setembro de 2013

O Descendente dos Dragões - Capítulo 1 - Krar Droeng

Olá Galera! Trago, a pedidos, o primeiro capítulo de O Descendente dos Dragões! Se você começou a ler agora dê um lidinha no Prólogo antes, pois faz parte da estória e comente o que você achou, pois continuarei postando apenas se der um bom resultado, ok? Abraços e Boa Leitura!



Capítulo 1 - Krar Droeng

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O Descendente dos Dragões


–D
                                  RAGÕES! Eles são ágeis, fortes, corpulentos e extremamente perigosos! – diz um velho com capuz e cajado branco a olhar para ambas as luas – Até os mais corajosos guerreiros, feiticeiras, bruxas e magos tremem diante de um DEUS DRAGÃO!
O vento era forte e as longas vestes do velho farfalhavam com a grama do morro em que ele estava. O homem cerra seus punhos no cajado a levantá-lo, e rapidamente o crava no chão, o céu nimboso começa a radiar raios, eles tremem o ar, seu fôlego, seu sangue e seu coração.
– Vamos mudar algumas coisas! – pronuncia o idoso a transbordar um sorriso maléfico.
As nuvens turbulentas começam a fazer leves movimentos rotativos sobre o velho, formando um grande círculo onde as luzes das luas o iluminavam. O indivíduo senil começa a sussurrar palavras que são levadas pelo vento e abafadas pelos estrondos dos trovões:

– Draken Norfis: præcipio vobis: KRAR DROENG!

Na área da ponta do cajado cravado na terra, uma luminosidade começa a brotar, cada vez mais forte e temerosa. Raios azulados começam a manar da luz, eles se envolvem a alguns poucos metros ao redor do velho e iniciam uma rotação. A grama era dilacerada, rasgada como se fosse uma carne podre perto de tamanho poder.
O idoso de grandes barbas, solta o cajado já a flutuar. Ele estende os braços, e com a boca aberta, olha ao céu, de seus olhos emanava uma luz lilás. Suas vestes começavam a receber parte dos raios que o rodeavam, fazendo-a ser destruída como fumaça.
O ser desobedecia a força da gravidade, com seu cajado a frente, levitava cada vez mais ao alto, os raios o seguiam nu; ele se contorcia, e de sua coluna, sangue começara a jorrar: chifres saiam dos ossos, os raios a rasga-lo e a carne a cair do alto. Até que se ouve um potente grito grave de libertação:
A carne negra, açoitada pelos raios, dá lugar a escamas grossas e azuis anis, de suas laterais brotaram doze olhos púrpuros a cada lado, com pupilas tão dilatadas como uma lua, aqueles globos reluziam a fúria e observavam todos os lados, todas as direções, com movimentos rápidos. De suas unhas humanas, garras escuras, grandiosas e fortes; das costas, as asas monstruosas e aterrorizantes, nos cotovelos, estacas longas e cinzentas, assim como a cor das grossas escamas a proteger o peitoral do dragão. Seu corpo de um pequeno humano senil, agora, era de um enorme dragão.
Cada bater de asas se assemelhava a trovões, seu grunhido era tão grave que estremecera uma montanha inteira, dentes pontudos a afiados e garras gigantescas. As escamas anis reluziam no céu, sua silhueta quase tão brilhante quanto as luas, se movia mais rápido que o vento.
Entre nuvens, o ser monstruoso se locomovia rumo a uma cidade gigantesca cercada de muralhas altas e resistentes, contudo ela é comparada a um grão de areia perto de um dragão.
O destruidor aéreo devasta todas as construções, mata pessoas, deseja ver sangue em seu sopro de raios. De sua boca larga e negra, uma árvore de raios se propagava rumo à cidade. Quando todas as construções estavam quase totalmente destruídas e os gritos das pessoas diminuem, o dragão desce até o solo já se transformando novamente em corpo humano.
Como um garoto de cabelo loiro, pele clara e olhos púrpuros intensos, ele passa na entrada da muralha que pegava fogo. Qual era o seu objetivo com toda aquela destruição?
 Por vários passos ele sorria olhando aos lados satisfatoriamente, berros de pessoas sentindo a dor do fogo penetrando em seus órgãos e entulhos flamejando, ao ver um vulto entrando em uma casa, ele franze o cenho e aperta o passo na direção da construção.
“Aqueles desgraçados estão aqui, como pode?”, pensa o dragão do raio.
Ele abre a porta brutalmente sem ao menos tocá-la, apenas usando finos fios de luzes que pareciam raios. Depois de ter visto o que viu, rapidamente começa a correr para dentro da casa: A parede dos fundos estava totalmente destruída, as pedras ainda caiam. Uma silhueta ao longe voava com um garoto aos berros nas garras de outro dragão.
– NÃOO! – gritou o rapaz com olhos cheio de fúria. – Ele é meu!
O dragão com o menino em suas patas traseiras, em poucos segundos, se afastou da cidade incandescente. Eles fugiram com êxito. O garoto tinha 17 anos, cabelo e sobrancelhas prateados, pele levemente dourada e olhos azuis escuros como a escuridão da noite.
O outro dragão, que resgatara o menino, fedia a enxofre, suas asas eram rasgadas em algumas partes, em outras, brasas que brilhavam um vermelho intenso, fumaça desenhava no céu as passadas das asas pesadas e sufocantes. Suas escamas eram vermelhas escuras, seus quatro olhos estreitos, dois em cada lado de sua cabeça, eram de um vermelho de fogo.
– Cof! Cof! Socorroo!
– Dá para calar a boca? – disse arrogantemente o dragão a bater as asas.
– Ahhh! Você fala! – berrou surpreso ocultando sua face com as mãos – Um dragão! Socorro!
– Não… estou apenas transmitindo sinais telepáticos para sua mente! E não vou lhe fazer mal, menino. – fungou fogo de suas narinas – Eu te salvei! Essa era minha obrigação!
– Como assim?
Eles passam por uma nuvem branca e a sobrevoam suavemente, vendo as luas claramente, uma maior que a outra, quase se encostando, o garoto se assusta com tamanha altura.
– Porque me roubou da minha família?
– Seus conhecidos estão todos mortos agora, graças a aquele maldito Denbra!
– Onde está me levando seu monstro? – O garoto morde uma escama da pata do dragão.
CRACHK!

– Ahhh, meu dente!
– Idiota! Minhas escamas são mais resistentes que o melhor escudo que um homem pode produzir! – Parecia que o dragão sorria com tamanha ignorância do garoto – Realmente, você é apenas mais um garoto.
– O que? – o menino olha para a cauda do dragão que estava cheia de brasas a queimar. – Aquele outro dragão não está vindo atrás de nos?
– Ele precisa de certo tempo para executar um Krar Droeng
novamente. – respondeu o dragão com a voz grave e rouca. – Ele não vai poder se transformar em dragão novamente até o amanhecer, mas até lá devo detê-lo.
O dragão cai do céu, batendo as asas lentamente, o vento era forte e as bochechas do garoto se despregavam de seus dentes. Passam das nuvens, e abaixo deles, um lago.
– Me solteee! – grita o garoto com a boca ensanguentada.
– Como quiser!
O dragão solta o garoto aos domínios do ar. Ele cai rumo às profundezas do lago. Com rapidez, o menino vira-se para o céu e vê a silhueta do dragão com asas abertas na frente da lua cheia e do lado direito, a lua minguante, seu corpo de escamas vermelhas escuras se estendia por todo o ar.
O menino se choca fortemente com a água e fica inconsciente enquanto se aprofundava no lago. Em alguns instantes, o coração do garoto se desacelera, a circulação do seu sangue reduz ao máximo, visando à vida do próprio organismo.
Depois de alguns minutos, uma mão pálida pega na do garoto e puxa-o para a superfície. Respirando livremente, o garoto é levado para a margem do lago com a ajuda de uma mulher com cabelos ruivos.
– Acorde! – Uma mulher que aparentava ter 20 anos, tinha cabelos levemente avermelhados e vestia um justo vestido vermelho. Ela batia levemente na face do garoto. – Ei, vamos lá, o que aconteceu?
– Cof! Cof! – O garoto abre os olhos com dificuldade e vê primeiramente as luas, agora, com a ausência da silhueta.
– Olhe para mim! Está bem? – os cabelos longos e molhados balançavam conforme ela se mexia.
O menino fica em total silêncio, com mãos trêmulas e muito frias, olhos arregalados, pois estava traumatizado. Alguns minutos se passam enquanto o garoto fitava a mulher de olhos azuis e vestido escarlate. Sua face feminina é linda, assim como todo o corpo esbelto.
– Está melhor, agora?
– A… apenas a… atordoado. – responde o garoto levantando atrapalhado com a mão na cabeça.
– Qual seu nome? – perguntou a mulher ajudando-o a se levantar.
– Groanel!
– Venha Groanel, siga-me, sou Jillian D’escarlate. Quero que me conte como você caiu neste lago.
Ele anui com a cabeça e segue os passos de Jillian olhando para as suas costas molhadas.
– Vamos nos secar ou morreremos de frio. – falou ela a apertar o passo rumo a uma árvore no morro – Estou viajando para a cidade de Gornelyn.
Depois de algumas dezenas de passos com Groanel pensativo ele explana:


– Tenho más notícias! Tragédias aconteceram lá.
– O que? Agora vai dizer que ela foi destruída por um meteoro, ou foi arrastada para o céu negro pelos seres de outros mundos? – Ela ri já em volta de uma fogueira, se secando uns trapos limpos e secos.
– Na verdade, eu estava lá, e ela foi destruída. – Disse o garoto com olhar triste e baixo.
– Só pode ser uma mentira de um jovem. – Explicou a ela mesma com um sorriso constrangido. – Aquela cidade é poderosa e tem muralhas tão resistentes que apenas um deus poderia destruí-la.
– Estou lhe contando a verdade, Jillian! Foi destruída por um dragão, com o tamanho de montanhas! – Groanel começa a chorar desesperadamente – Destruiu minha família, matou todos os meus amigos, agora não poderei mais correr atrás das ovelhas pelos morros, bater nos espantalhos e caçar gatos com os meninos. Tudo foi destruído.
Jillian acolhe-o em seus braços o envolvendo com os trapos, e depois de alguns segundos, sussurra:
– A vida corpórea é apenas um piscar de olhos de uma alma imperfeita, pode ser difícil, choramos e caímos, mas é nossa missão parar de chorar e se levantar quantas vezes for necessário. Isso é a vida!
Aquele garoto não tinha mais ninguém a quem se apegar: pais, irmãos, amigos e parentes: todos mortos. A única que o restava era aquela desconhecida, que acabara de salvar a sua vida.
– Obrigado por me salvar, Jillian!
– É o que as bruxas fazem!
– Você é uma bruxa? – perguntou Groanel dando um passo para trás, com medo.
– Estou brincando menino. – ela faz uma pausa olhando os peixes cravados em estacas no chão perto do fogo, eles exalavam um odor saboroso – Agora coma um peixe.
Depois de seco e alimentado, Groanel se deita, mas por longos minutos ficava pensando no que aconteceu, por fim, cede ao cansaço e dorme.


– Ele destruiu tudo, minha Draken! – pronunciou um homem alto com olhos castanhos e uma roupa vermelha escura com algumas queimaduras em toda sua veste.
Ele estava sentado em um acento de pedra frente a uma mesa do mesmo material. Na companhia, estavam mais seis indivíduos. Muitos diferenciados pela aparência, uns com uma face mais amigável e simpática e outros expressava impaciência e severidade.
A mesa de pedra é grossa quanto um palmo, e em suas laterais, os seis indivíduos usavam seus lugares, estes fitam a jovem mulher vestida de branco acomodada em uma cadeira mais espeça e maior na ponta da mesa.
Eles estão reunidos frente a uma estátua com feições femininas entalhada na parede da caverna, escadas dava acesso a ela, e aos lados, cristais que iluminavam toda a caverna com suas luzes azuladas.
– Ele sabia que não podia interferir diretamente naquele mundo – disse a mulher de cabelos louros frente a todos – ele deve ser punido pela traição que cometeu.
Alura’luxandra – começou o de vestes queimadas a fitar a mulher – estava o seguindo, e descobri que Dräza’hákar estava à procura de um garoto, para mata-lo talvez, ou sacrifica-lo. Eu segui meus instintos e salvei o garoto, depois o levei para longe até não sentir mais a presença do traidor. Ele desistiu facilmente, não está forte para me combater.
As longas unhas brancas de Alura tamborilaram no sólido frio enquanto ela pensava.
– Você já pode mudar de aparência, sabia? – sussurrou com tom arrogante a mulher de cabelos curtos e um leque ocultando a face ao pequeno menino de cabelos azul turquesa. – Agora, tu não és mais um Draken Mazäk! Já é um regente de um dos mundos: Um Draken Norfis!
– Eu gosto desta forma humana! – retrucou o garoto de braços cruzados demonstrando estar surpreso e irritado. – Me acostumei com ela desde quando era um Draken Mazäk, não quero mudá-la.
A mulher fecha o seu leque amarelo e revira os olhos com desdém.
– E a sua? – incomodado, retorquiu o garotinho – É a aparência de um Draken Norfis, mas vive se mostrando com essas roupas luxuosas de cor amarela.
– Basta aos dois! – ordenou Alura com um tom de impaciência na voz. – Estamos aqui para resolver esse problema proveniente de Dräza’hákar! Iremos encontrar este garoto no templo daqui a alguns sois. – previu ela a se levar lentamente. – Era apenas isso, e por fim, Gazur’trahávik ficará encarregado de procurar o traidor, e se acha-lo, derrote-o e traga-o à torre.
O homem de vestes queimadas anui concordando com a ordem.
– Dispensados. – ordenou a líder fitando ambos os indivíduos no fim da mesa que outrora cochichavam. – Gazur, você me mostrará quem é o garoto.
Todos se levantam e se dirigem para os muitos túneis lapidados que circulavam a sala. Todas as paredes cinzentas iluminadas pelos diversos cristais azuis eram decoradas com ornamentos, símbolos e hieróglifos em demasia.

2 comentários :

  1. *-*....poste mais...pff....*-* vc gosta de o senhor do anéis né?><

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    1. Olá, irei postar mais sim, e sim, eu até gosto de O Senhor dos Anéis =D

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