13 de setembro de 2013

Os Letraks - Capítulo 10 - Rua da Quebra

Olá galera! Capítulo 10 dOs Letraks saiu! Espero que gostem. O que vocês acham que vai rolar? Recomendem o blog, comentem e compartilhem no facebook!! Boa Leitura.

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Os Letraks, por Lucas Monteiro

CAPÍTULO 10 – Rua da Quebra

– Não ficou impressionada com a minha rapidez? – perguntou Ilan com um cotovelo na madeira lateral da porta.
– Não. – respondeu Lucy girando sobre seus calcanhares – Você mora muito perto daqui. E é homem.
O rapaz de roupas cinza usava uma cinta prateada. Seus cabelos molhados estavam desarrumados propositalmente e alguns fios caíam sobre os seus óculos. Ele adentra na casa de Lucy. A moça repara no traje do homem em sua frente com a mão ao queixo.
– Você realmente nunca sai à noite! – sorriu zombando-o.
– Ah. – fechou a porta – E você ao menos está pronta?
– Sou uma mulher, mas estou quase pronta. – mordeu o lábio suavemente – sente-se, fique a vontade.
Ilan vai até o sofá, se senta e liga a televisão em um canal de notícias. Lucy volta até seu quarto. Seu cabelo já estava belo em um arranjo de tranças a formar um coque. Ao adentrar no quarto, Ilan observa o corpo da moça. Sua pele era lisa como seda, apenas algumas cicatrizes se destacavam demonstrando o que ela já passara.
– Estava com saudades da sua casa – provocou Ilan.
– Oras. Você nem deveria estar aqui, e sabes disso. – Lucy retrucou com a voz abafada em seu cômodo.
– Porque não? – questionou a sorrir sensualmente já sabendo a resposta.
– E ainda pergunta? Pela sua namorada. Você disse que amava ela e por isso quer resgatá-la de Rígel. – despiu-se a ficar com apenas as veste íntimas.
Ilan levemente se ergueu, seus olhos semicerrados fitavam por uma fenda da porta o corpo seminu de Lucy. Ele respirou fundo desejando-a.
O quadril de Lucy era médio, seus seios eram encorpados e era o que mais atraía a atenção do rapaz. Ilan não resistiu e se levantou da mobília. Dirigiu-se lentamente até a fenda da porta e quando chegou nela envolveu seus dedos na maçaneta e suavemente a empurra.
– O que você está fazendo? – vociferou Lucy com o cenho franzido e as suas mãos a cobrir seu lingerie – Estou me trocando.
– Sim, eu percebi, por isto vim até aqui. – sorriu e depois piscou a fechar a porta em suas costas.
– Você está louco Ilan? Aquilo já passou, não quero mais nada com você.
O rapaz chega mais perto da moça, e ela já com as bochechas enrubescidas de vergonha, dá um passo recusante.
– Você é tão bonita Lucy. Eu sempre gostei de você, mais que Marisa.
Ela começa a rir sarcasticamente.
– E eu sou boba de acreditar? – discordou com a cabeça – então porque diabos está querendo resgatá-la? – deu mais um passo para trás, contudo, suas panturrilhas encostam ao metal frio da cama.
Ilan não responde, mas uma de suas sobrancelhas se arqueia depois de dar mais um passo à Lucy. A moça usava roupas íntimas na cor rosa claro. Nas laterais, uma renda floral.
Lucy se move em direção ao espelho da penteadeira, mas é interrompida por Ilan a envolver o seu braço. A face do rapaz se aproxima da orelha dela.
– Para mim, aquilo ainda não acabou. – sussurrou a pegá-la pela cintura. – Eu fui apenas um brinquedo?
Ela sorriu maleficamente.
– Brinquedo? Se você fosse um brinquedo preferiria brincar com bonecas. Não me divirto com coisas quebradas. – retorquiu a fitar ao meio da cintura do rapaz. Sorriu novamente.
– O que você quis dizer com isso? – franziu o cenho depois de puxá-la para mais perto.
– Você deve se acha irresistível com as mulheres. – afirmou já a quase tocar seu nariz ao de Ilan – Isso não é verd…
Fala interrompida por um beijo, ato que foi retribuído por Lucy. As mãos quentes do rapaz passavam pelas costas da moça, depois procurou abrir o sutiã. Porém, quando Lucy sente sua veste sendo aberta, empurra-se de Ilan.
– O que você acha que está fazendo? – resmungou – Vá para a sala, caso contrário te expulsarei daqui.
Realmente ela estava brava. Seus vincos na testa eram intensos e vermelhos. Ilan surpreendeu-se e colocou as mãos espalmadas aos lados de seu tórax.
– Calma, tudo bem. – ele fica vermelho, e com um pouco vergonha volta a se sentar no sofá.
Depois de alguns minutos de silêncio, Lucy fecha a porta do quarto, vira-se para a sala e Ilan vislumbra um incrível vestido bustiê. O traje era todo coberto com paetês pretos e brilhantes, seu comprimento vai até a metade das coxas da moça. No ombro esquerdo, Lucy tinha a alça de uma bolsa da cor preta. Em seus lábios um batom vermelho rubro. Como maquiagem, usou lápis de olho, e tons de azuis com prateado sobre as pálpebras.
– Uau. Você está linda.
– Quando você luta contra Derradeiros e outras criaturas… não carece de academia. – piscou com os cílios cobertos por rímel. – Vamos. Desligue as luzes.
O som do salto alto a dar passos ecoou na sala. A porta se fecha e o silêncio predominou-se.


– Você está demorando a responder. Isso quer dizer um não Simon?
– Ah… bem… acho que não, apenas que preciso de algum tempo para pensar. – respondeu o garoto embaraçado depois de ser pedido em noivado.
– Eu entendo – consentiu com tom triste.
Hariel se levanta, vê Simon sentado na cama e não resiste a cara meiga do garoto. Seus instintos levam a tomar a ação. Com um pequeno salto, o rapaz de cabelos longos pula sobre Simon.
– Ah!
Hariel a sentir o cheiro do garoto, tocava-o em sua face.
– Quantas vezes eu tenho que dizer que eu te…
Um estalo é ouvido, e a cama abruptamente se desmancha ao chão.
– Oh céus, você não disse que tinha consertado a cama depois daquele acidente? – questionou Simon com irritação na voz.
– Desculpa. Eu apenas remendei as madeiras. Pensei que não faríamos mais sexo selvagem, depois daquele dia.
– Estamos com a cama quebrada! – empurrou Hariel suavemente para cima – deixe-me ir.
Hariel um pouco irritado, pega a caixinha revestida de veludo azul e levanta-se desajeitadamente da cama partida. Observava a textura do material nas mãos esperançoso.
Simon vai até a cozinha.
– Vou preparar uma coisa rápida para comermos.
– Tudo bem – concordou já a colocar a calça jeans branca.
Após estar vestido, Hariel passa um perfume em seu corpo, pega a caixinha novamente e se dirige a cozinha a observar o objeto na mão. O rapaz descuidado bate a testa na porta superior da geladeira que estava aberta.
– Porcaria! – praguejou irritado. – Tudo está dando errado hoje, não pode ser possível!
– Nossa, sua testa está ficando muito vermelha. Sente-se aqui. – Apontou à cadeira.
Simon vai até a geladeira e pega alguns cubos de gelo e passa sobre a testa do rapaz.
– O garotão não consegue se proteger contra uma geladeira, como me protegerá?
A boca de Hariel se projeta em uma linha diagonal.
– Eu apenas tento ser o melhor, tudo por ti.
Simon a passar o gelo na testa avermelhada, sorri pensativo.
– Segure isso que vai melhorar. – pediu – Vou me trocar, depois vamos comer e voltamos para encontrar os outros.
Hariel assentiu envolvendo o gelo com seus finos dedos.
“Será que ele me ama verdadeiramente?” – ambos se perguntaram.


– Isso é seguro? – perguntou Edwar a sentir enjoo.
– Para ti sim. – respondeu ofegante o velho gato. – Vá e não tema.
A acreditar no felino, o menino se aproxima do alfabeto a se movimentar em círculos. Ele estica a mão direita até a rachadura, depois observa a macha de sangue que seu Mestre deixara. Fechou os olhos, e com um salto, adentrou na luz branca.
Em seguida era a vez do gato, que não demorou em seguir Edwar.
A visão do garoto era totalmente um branco. Com o passar dos segundos sua vista foi se ajustando ao ambiente escuro. No ar, um tênue cheiro de esgoto misturado com madeira. Ao toque do seu corpo, sentia uma delicada brisa fresca lhe acertar.
– Bem vindo a Gorleryn. – ressaltou o felino já ao lado do menino. – Eu pretendia nos transportar em outro lugar. Não em um beco.
– Você está bem? – perguntou depois de observar o extremo gasto físico de Sarcoscizor.
– Estou. Só não sou mais como era jovem. – movimentou as suas orelhas. – Não me recordo deste beco. Temos que nos dirigir para o centro da cidade. Lá me localizarei.
– Você vem aqui com frequência?
– Não, meu garoto. – começou a andar – Já faz muitos anos que não devo pisar no solo Gorleryano.
O pequeno jaleco do felino farfalhava a cada passada dada. Quando veem na fenda de luz onde o beco desembocava a rua mais popular, uma silhueta de um homem corpulento é projetada.
– Pode ser problema? – indagou Edwar a segurar o saco com mais pressão.
O gato anui sem muitas expressões. Deram mais alguns passos indo até o fim do beco onde o ser esperava. Em suas frentes, um rato cinzento passa sinuosamente.
– O que um gatinho de estimação e um garrotinho esquisito fazem em um beco tão escurro? – questionou a sorrir, mostrando uma presa de prata.
– Viemos visitar Gorleryn. – respondeu Sarcoscizor. – Daime nos passagem, por favor.
– Isso só serrá possível com algumas condições. – cruzou os grandes braços.
– Desculpe-me, mas tu não entendeste? Almejamos apenas passar.
O homem musculoso de roupa surrada assovia, e das laterais, mais dois homens surgem.
– Ei Dramus – sussurrou o novo homem mais magro ao que afrontara o Mestre. – ele está usando um jaleco. Um daqueles que tem nos boatos.
– Ótimo – concluiu – esse gato pode valer mais do que um comum. Ynis, Karkan: pegue-os.
Ambos os homens avançam eufóricos aos dois. Sarcoscizor eriça seus pelos castanhos, suas garras apontam e com um salto utiliza-as nas faces dos homens. Eles se enfurecem ainda mais e tiram de seus bolsos pequenas adagas.
Karkan, o mais magro, ateia um golpe contra Edwar, mas o mesmo se esquiva e profere um chute potente entre as pernas do homem fazendo-o cair ao chão com dores extremas.
Ynis, o mais gordo a usar um bigode grande e negro, lança suas duas adagas versus Sarcoscizor. O defensor repele as lâminas usando um escudo invisível.
– Magia? – observou Dramus, o grandalhão, assustado – Fujam! São bruxos.
Os dois partiam desesperados para a escuridão. Karkan ficou ainda no chão a gemer.
– Uma adaga. Posso pegar para mim?
– Em seu mundo não iriam dizer que és criança demais?
– Iriam, mas não estou no meu mundo.
Sarcoscizor sorri. Seus pelos já voltavam ao normal e suas garras a se recolher.
– Guarde-a junto a suas roupas. Mas tome consciência de que isto não é um brinquedo.
Edwar assentiu.
– Estou a ficar exaurido por apenas pensar em estar no centro de Gorleryn.
O garoto observa-o de modo curioso e questionador.
– Tu me entenderás, jovem. Contudo, atente para o que esses ladrões disseram.
Edwar pensativo fitou seus sapatos.
– Boatos sobre magia – continuou o gato humanoide – espero que não aconteça o incomodo que ocorreu em seu mundo.
O menino movimentou as sobrancelhas em modo surpreso e curioso. Ambos começam a andar para a rua principal. Os murmúrios, como zumbidos de uma colmeia, escorriam por toda a longa rua. Comerciantes a berrar suas ofertas, frutas, panos, vasos, todo o que se faz jus a uma grande e populosa cidade.
– O que aconteceu em meu mundo?
– Milénios atrás, seu mundo também tinha uma Casta, contudo ela não foi hábil e deixou muitos boatos circularem. – se desviou de um comerciante a vender uma fruta redonda e amarela – Os humanos não devem saber da existência da magia agora, não tens sabedoria suficiente para ministra-la. Certamente eles gerariam guerras tão grandiosas que destruiria toda a dimensão.
– Quer dizer que…
– Que a Casta, em vosso mundo, foi extinta para o bem daqueles que o habitam. Seu mundo já existiu muita magia, meu jovem. – eles começam a subir a rua lotada de pessoas com vestes exuberantes – Mas foi fadada ao fracasso. Como tu achas que os antigos povos construíam edificações tão exuberantes e precisas?
– Alienígenas?
– O que ser este termo em vossa língua? – agitou seu bigode felino.
– Outras criaturas que vivem fora do planeta.
Sarcoscizor apenas sorri com seus lábios finos e negros.
– Os Gorleryanos são o povo mais colorido. – explicou o gato à Edwar – Eles são mestres no uso da tinta. Aqui, quanto mais coloridas as roupas forem, mais status a pessoa contem.
Pessoas passavam a usar chapéus coloridíssimos, túnicas com explosões de cores na rua estreita e inclinada.


– Eu disse que iríamos se atrasar!
– Calma Simon, estamos quase chegando.
Ao longe, já avistavam Lucy com seu belo vestido e Ilan a fumar um cigarro.
– Pensei que não iriam mais chegar. – repassou Lucy a vê-los atravessar a rua. – Eu já estava quase morrendo de câncer com tanta fumaça de cigarro.
– Olha o exagero. – indignou-se Ilan.
– Você quase fumou seus cinco dedos. – arqueou uma das suas sobrancelhas definidas – Agora vamos. De pressa.
Os passos até o carro de Ilan foram tomados receosos pelos dois garotos a recém chegar.
– Vamos com o carro do Ilan. – observou ela – Ele concordou.
Ilan assentiu a fitar o casal. Todos se acomodam nas poltronas do carro, usam os cintos e partem com as instruções de Lucy.
A moça e Ilan sentados na frente e o casal atrás. Os quatro fitavam a rua. Carros circulavam agora com mais frequência. Estavam a ir para o cetro da cidade. Assustaram-se com um jipe a atravessar a rua na frente deles, cheios de gnomos malucos e a praguejar com uma língua estranha. A seguir o veículo, estavam fadas a berrar agudos.
– O que foi aquilo? – interrogou Ilan à Lucy.
– Gnomos do trânsito, oras. Acho que estavam fugindo daquelas fadas. Falar com uma fada sem necessidade é suicídio psicológico. – riu a balançar seus brincos.
Depois de mais algumas esquivadas de seres esquisitos nas ruas, como uns cachorros com asas a voar rasamente no céu, eles finalmente chegam.
– Estacione aqui – pediu Lucy a apontar ao acostamento – Mais à frente a rua estará lotada.
Ilan estaciona seu veículo na vaga devida. O quarteto escuta murmúrios de pessoas alegres, risos, e sons da mistura de várias músicas dançantes.
– Esta noite pode ser um tanto tensa para vocês. – agitou suas mãos – Mas vamos ver pelo lado divertido, tudo bem? Darei um tempinho a vocês para saborear a música. – piscou.
Aproximaram-se das agitações, pessoas a pular vibrando a música em meio à rua. Outras com litros de bebidas na mão já a cambalear por estarem bêbadas. Umas se beijando alucinadamente sentadas no meio-fio da rua.
– Você nos trouxe para uma balada? – perguntou Simon indignado.
– Parcialmente, essa rua é chamada “Rua da Quebra” – respondeu a sorrir, agora ela aponta para o fim da rua – eu lhes trouxe para AnaBela!
A rua estava cheias de pessoas, carros e competições de música. Ao longe, no fim da rua e sobre uma casa noturna grandiosa, um letreiro em neon escrito “AnaBela Club”.
– Depois de confrontar Derradeiros não podemos nos divertir só um pouco? – brincou Lucy – estamos em uma missão, mas quem precisa contar ao Mestre que desviamos um pouco dela?
O salto azul escuro produzia um som seco em atrito ao solo a cada passada de Lucy.
– Vamos, não sejam “vovôs”! – riu zombando-os e começou a andar para AnaBela quase como uma modelo a desfilar em uma passarela.
Simon olhou para Hariel e deu de ombros. Luzes de todas as cores eram jorradas ao céu. Pessoas corriam a brincar com roupas neons de todas as cores.
– Me espere. – pediu Ilan a correr até Lucy.

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Os Personagens: (clique na imagem para ampliar).
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Abraço de Urso de ~~L.M.~~

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