Olá galera! Capítulo 10 dOs Letraks saiu! Espero que gostem. O que vocês acham que vai rolar? Recomendem o blog, comentem e compartilhem no facebook!! Boa Leitura.
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Os
Letraks, por Lucas Monteiro
CAPÍTULO
10 – Rua da Quebra
– Não ficou
impressionada com a minha rapidez? – perguntou Ilan com um cotovelo na madeira lateral
da porta.
– Não. –
respondeu Lucy girando sobre seus calcanhares – Você mora muito perto daqui. E
é homem.
O rapaz de
roupas cinza usava uma cinta prateada. Seus cabelos molhados estavam
desarrumados propositalmente e alguns fios caíam sobre os seus óculos. Ele
adentra na casa de Lucy. A moça repara no traje do homem em sua frente com a
mão ao queixo.
– Você realmente
nunca sai à noite! – sorriu zombando-o.
– Ah. – fechou a
porta – E você ao menos está pronta?
– Sou uma
mulher, mas estou quase pronta. – mordeu o lábio suavemente – sente-se, fique a
vontade.
Ilan vai até o
sofá, se senta e liga a televisão em um canal de notícias. Lucy volta até seu
quarto. Seu cabelo já estava belo em um arranjo de tranças a formar um coque.
Ao adentrar no quarto, Ilan observa o corpo da moça. Sua pele era lisa como
seda, apenas algumas cicatrizes se destacavam demonstrando o que ela já
passara.
– Estava com
saudades da sua casa – provocou Ilan.
– Oras. Você nem
deveria estar aqui, e sabes disso. – Lucy retrucou com a voz abafada em seu
cômodo.
– Porque não? –
questionou a sorrir sensualmente já sabendo a resposta.
– E ainda
pergunta? Pela sua namorada. Você disse que amava ela e por isso quer
resgatá-la de Rígel. – despiu-se a ficar com apenas as veste íntimas.
Ilan levemente
se ergueu, seus olhos semicerrados fitavam por uma fenda da porta o corpo
seminu de Lucy. Ele respirou fundo desejando-a.
O quadril de
Lucy era médio, seus seios eram encorpados e era o que mais atraía a atenção do
rapaz. Ilan não resistiu e se levantou da mobília. Dirigiu-se lentamente até a
fenda da porta e quando chegou nela envolveu seus dedos na maçaneta e
suavemente a empurra.
– O que você
está fazendo? – vociferou Lucy com o cenho franzido e as suas mãos a cobrir seu
lingerie – Estou me trocando.
– Sim, eu
percebi, por isto vim até aqui. – sorriu e depois piscou a fechar a porta em
suas costas.
– Você está
louco Ilan? Aquilo já passou, não quero mais nada com você.
O rapaz chega mais
perto da moça, e ela já com as bochechas enrubescidas de vergonha, dá um passo
recusante.
– Você é tão
bonita Lucy. Eu sempre gostei de você, mais que Marisa.
Ela começa a rir
sarcasticamente.
– E eu sou boba
de acreditar? – discordou com a cabeça – então porque diabos está querendo
resgatá-la? – deu mais um passo para trás, contudo, suas panturrilhas encostam
ao metal frio da cama.
Ilan não
responde, mas uma de suas sobrancelhas se arqueia depois de dar mais um passo à
Lucy. A moça usava roupas íntimas na cor rosa claro. Nas laterais, uma renda
floral.
Lucy se move em
direção ao espelho da penteadeira, mas é interrompida por Ilan a envolver o seu
braço. A face do rapaz se aproxima da orelha dela.
– Para mim,
aquilo ainda não acabou. – sussurrou a pegá-la pela cintura. – Eu fui apenas um
brinquedo?
Ela sorriu
maleficamente.
– Brinquedo? Se
você fosse um brinquedo preferiria brincar com bonecas. Não me divirto com
coisas quebradas. – retorquiu a fitar ao meio da cintura do rapaz. Sorriu
novamente.
– O que você
quis dizer com isso? – franziu o cenho depois de puxá-la para mais perto.
– Você deve se
acha irresistível com as mulheres. – afirmou já a quase tocar seu nariz ao de
Ilan – Isso não é verd…
Fala
interrompida por um beijo, ato que foi retribuído por Lucy. As mãos quentes do
rapaz passavam pelas costas da moça, depois procurou abrir o sutiã. Porém,
quando Lucy sente sua veste sendo aberta, empurra-se de Ilan.
– O que você
acha que está fazendo? – resmungou – Vá para a sala, caso contrário te
expulsarei daqui.
Realmente ela
estava brava. Seus vincos na testa eram intensos e vermelhos. Ilan
surpreendeu-se e colocou as mãos espalmadas aos lados de seu tórax.
– Calma, tudo
bem. – ele fica vermelho, e com um pouco vergonha volta a se sentar no sofá.
Depois de alguns
minutos de silêncio, Lucy fecha a porta do quarto, vira-se para a sala e Ilan
vislumbra um incrível vestido bustiê. O traje era todo coberto com paetês
pretos e brilhantes, seu comprimento vai até a metade das coxas da moça. No
ombro esquerdo, Lucy tinha a alça de uma bolsa da cor preta. Em seus lábios um
batom vermelho rubro. Como maquiagem, usou lápis de olho, e tons de azuis com
prateado sobre as pálpebras.
– Uau. Você está
linda.
– Quando você
luta contra Derradeiros e outras criaturas… não carece de academia. – piscou
com os cílios cobertos por rímel. – Vamos. Desligue as luzes.
O som do salto
alto a dar passos ecoou na sala. A porta se fecha e o silêncio predominou-se.
– Você está
demorando a responder. Isso quer dizer um não Simon?
– Ah… bem… acho
que não, apenas que preciso de algum tempo para pensar. – respondeu o garoto
embaraçado depois de ser pedido em noivado.
– Eu entendo –
consentiu com tom triste.
Hariel se
levanta, vê Simon sentado na cama e não resiste a cara meiga do garoto. Seus
instintos levam a tomar a ação. Com um pequeno salto, o rapaz de cabelos longos
pula sobre Simon.
– Ah!
Hariel a sentir
o cheiro do garoto, tocava-o em sua face.
– Quantas vezes
eu tenho que dizer que eu te…
Um estalo é
ouvido, e a cama abruptamente se desmancha ao chão.
– Oh céus, você
não disse que tinha consertado a cama depois daquele acidente? – questionou
Simon com irritação na voz.
– Desculpa. Eu
apenas remendei as madeiras. Pensei que não faríamos mais sexo selvagem, depois
daquele dia.
– Estamos com a
cama quebrada! – empurrou Hariel suavemente para cima – deixe-me ir.
Hariel um pouco
irritado, pega a caixinha revestida de veludo azul e levanta-se
desajeitadamente da cama partida. Observava a textura do material nas mãos
esperançoso.
Simon vai até a
cozinha.
– Vou preparar
uma coisa rápida para comermos.
– Tudo bem –
concordou já a colocar a calça jeans branca.
Após estar
vestido, Hariel passa um perfume em seu corpo, pega a caixinha novamente e se
dirige a cozinha a observar o objeto na mão. O rapaz descuidado bate a testa na
porta superior da geladeira que estava aberta.
– Porcaria! –
praguejou irritado. – Tudo está dando errado hoje, não pode ser possível!
– Nossa, sua
testa está ficando muito vermelha. Sente-se aqui. – Apontou à cadeira.
Simon vai até a
geladeira e pega alguns cubos de gelo e passa sobre a testa do rapaz.
– O garotão não
consegue se proteger contra uma geladeira, como me protegerá?
A boca de Hariel
se projeta em uma linha diagonal.
– Eu apenas
tento ser o melhor, tudo por ti.
Simon a passar o
gelo na testa avermelhada, sorri pensativo.
– Segure isso
que vai melhorar. – pediu – Vou me trocar, depois vamos comer e voltamos para
encontrar os outros.
Hariel assentiu
envolvendo o gelo com seus finos dedos.
“Será que ele me ama verdadeiramente?” – ambos se
perguntaram.
– Isso é seguro?
– perguntou Edwar a sentir enjoo.
– Para ti sim. –
respondeu ofegante o velho gato. – Vá e não tema.
A acreditar no
felino, o menino se aproxima do alfabeto a se movimentar em círculos. Ele
estica a mão direita até a rachadura, depois observa a macha de sangue que seu
Mestre deixara. Fechou os olhos, e com um salto, adentrou na luz branca.
Em seguida era a
vez do gato, que não demorou em seguir Edwar.
A visão do
garoto era totalmente um branco. Com o passar dos segundos sua vista foi se
ajustando ao ambiente escuro. No ar, um tênue cheiro de esgoto misturado com
madeira. Ao toque do seu corpo, sentia uma delicada brisa fresca lhe acertar.
– Bem vindo a
Gorleryn. – ressaltou o felino já ao lado do menino. – Eu pretendia nos
transportar em outro lugar. Não em um beco.
– Você está bem?
– perguntou depois de observar o extremo gasto físico de Sarcoscizor.
– Estou. Só não
sou mais como era jovem. – movimentou as suas orelhas. – Não me recordo deste
beco. Temos que nos dirigir para o centro da cidade. Lá me localizarei.
– Você vem aqui
com frequência?
– Não, meu
garoto. – começou a andar – Já faz muitos anos que não devo pisar no solo
Gorleryano.
O pequeno jaleco
do felino farfalhava a cada passada dada. Quando veem na fenda de luz onde o
beco desembocava a rua mais popular, uma silhueta de um homem corpulento é
projetada.
– Pode ser
problema? – indagou Edwar a segurar o saco com mais pressão.
O gato anui sem
muitas expressões. Deram mais alguns passos indo até o fim do beco onde o ser
esperava. Em suas frentes, um rato cinzento passa sinuosamente.
– O que um
gatinho de estimação e um garrotinho
esquisito fazem em um beco tão escurro?
– questionou a sorrir, mostrando uma presa de prata.
– Viemos visitar
Gorleryn. – respondeu Sarcoscizor. – Daime nos passagem, por favor.
– Isso só serrá possível com algumas condições. –
cruzou os grandes braços.
– Desculpe-me,
mas tu não entendeste? Almejamos apenas passar.
O homem musculoso
de roupa surrada assovia, e das laterais, mais dois homens surgem.
– Ei Dramus –
sussurrou o novo homem mais magro ao que afrontara o Mestre. – ele está usando
um jaleco. Um daqueles que tem nos boatos.
– Ótimo –
concluiu – esse gato pode valer mais do que um comum. Ynis, Karkan: pegue-os.
Ambos os homens
avançam eufóricos aos dois. Sarcoscizor eriça seus pelos castanhos, suas garras
apontam e com um salto utiliza-as nas faces dos homens. Eles se enfurecem ainda
mais e tiram de seus bolsos pequenas adagas.
Karkan, o mais
magro, ateia um golpe contra Edwar, mas o mesmo se esquiva e profere um chute
potente entre as pernas do homem fazendo-o cair ao chão com dores extremas.
Ynis, o mais
gordo a usar um bigode grande e negro, lança suas duas adagas versus
Sarcoscizor. O defensor repele as lâminas usando um escudo invisível.
– Magia? –
observou Dramus, o grandalhão, assustado – Fujam! São bruxos.
Os dois partiam
desesperados para a escuridão. Karkan ficou ainda no chão a gemer.
– Uma adaga.
Posso pegar para mim?
– Em seu mundo
não iriam dizer que és criança demais?
– Iriam, mas não
estou no meu mundo.
Sarcoscizor
sorri. Seus pelos já voltavam ao normal e suas garras a se recolher.
– Guarde-a junto
a suas roupas. Mas tome consciência de que isto não é um brinquedo.
Edwar assentiu.
– Estou a ficar
exaurido por apenas pensar em estar no centro de Gorleryn.
O garoto
observa-o de modo curioso e questionador.
– Tu me
entenderás, jovem. Contudo, atente para o que esses ladrões disseram.
Edwar pensativo
fitou seus sapatos.
– Boatos sobre
magia – continuou o gato humanoide – espero que não aconteça o incomodo que
ocorreu em seu mundo.
O menino
movimentou as sobrancelhas em modo surpreso e curioso. Ambos começam a andar
para a rua principal. Os murmúrios, como zumbidos de uma colmeia, escorriam por
toda a longa rua. Comerciantes a berrar suas ofertas, frutas, panos, vasos,
todo o que se faz jus a uma grande e populosa cidade.
– O que
aconteceu em meu mundo?
– Milénios
atrás, seu mundo também tinha uma Casta, contudo ela não foi hábil e deixou
muitos boatos circularem. – se desviou de um comerciante a vender uma fruta
redonda e amarela – Os humanos não devem saber da existência da magia agora,
não tens sabedoria suficiente para ministra-la. Certamente eles gerariam
guerras tão grandiosas que destruiria toda a dimensão.
– Quer dizer
que…
– Que a Casta,
em vosso mundo, foi extinta para o bem daqueles que o habitam. Seu mundo já
existiu muita magia, meu jovem. – eles começam a subir a rua lotada de pessoas
com vestes exuberantes – Mas foi fadada ao fracasso. Como tu achas que os
antigos povos construíam edificações tão exuberantes e precisas?
– Alienígenas?
– O que ser este
termo em vossa língua? – agitou seu bigode felino.
– Outras
criaturas que vivem fora do planeta.
Sarcoscizor
apenas sorri com seus lábios finos e negros.
– Os Gorleryanos
são o povo mais colorido. – explicou o gato à Edwar – Eles são mestres no uso
da tinta. Aqui, quanto mais coloridas as roupas forem, mais status a pessoa
contem.
Pessoas passavam
a usar chapéus coloridíssimos, túnicas com explosões de cores na rua estreita e
inclinada.
– Eu disse que
iríamos se atrasar!
– Calma Simon,
estamos quase chegando.
Ao longe, já
avistavam Lucy com seu belo vestido e Ilan a fumar um cigarro.
– Pensei que não
iriam mais chegar. – repassou Lucy a vê-los atravessar a rua. – Eu já estava
quase morrendo de câncer com tanta fumaça de cigarro.
– Olha o
exagero. – indignou-se Ilan.
– Você quase
fumou seus cinco dedos. – arqueou uma das suas sobrancelhas definidas – Agora
vamos. De pressa.
Os passos até o
carro de Ilan foram tomados receosos pelos dois garotos a recém chegar.
– Vamos com o
carro do Ilan. – observou ela – Ele concordou.
Ilan assentiu a
fitar o casal. Todos se acomodam nas poltronas do carro, usam os cintos e
partem com as instruções de Lucy.
A moça e Ilan
sentados na frente e o casal atrás. Os quatro fitavam a rua. Carros circulavam
agora com mais frequência. Estavam a ir para o cetro da cidade. Assustaram-se
com um jipe a atravessar a rua na frente deles, cheios de gnomos malucos e a
praguejar com uma língua estranha. A seguir o veículo, estavam fadas a berrar
agudos.
– O que foi aquilo?
– interrogou Ilan à Lucy.
– Gnomos do
trânsito, oras. Acho que estavam fugindo daquelas fadas. Falar com uma fada sem
necessidade é suicídio psicológico. – riu a balançar seus brincos.
Depois de mais algumas
esquivadas de seres esquisitos nas ruas, como uns cachorros com asas a voar
rasamente no céu, eles finalmente chegam.
– Estacione aqui
– pediu Lucy a apontar ao acostamento – Mais à frente a rua estará lotada.
Ilan estaciona
seu veículo na vaga devida. O quarteto escuta murmúrios de pessoas alegres,
risos, e sons da mistura de várias músicas dançantes.
– Esta noite
pode ser um tanto tensa para vocês. – agitou suas mãos – Mas vamos ver pelo
lado divertido, tudo bem? Darei um tempinho a vocês para saborear a música. –
piscou.
Aproximaram-se
das agitações, pessoas a pular vibrando a música em meio à rua. Outras com
litros de bebidas na mão já a cambalear por estarem bêbadas. Umas se beijando
alucinadamente sentadas no meio-fio da rua.
– Você nos
trouxe para uma balada? – perguntou Simon indignado.
– Parcialmente,
essa rua é chamada “Rua da Quebra” – respondeu a sorrir, agora ela aponta para
o fim da rua – eu lhes trouxe para AnaBela!
A rua estava
cheias de pessoas, carros e competições de música. Ao longe, no fim da rua e
sobre uma casa noturna grandiosa, um letreiro em neon escrito “AnaBela Club”.
– Depois de
confrontar Derradeiros não podemos nos divertir só um pouco? – brincou Lucy –
estamos em uma missão, mas quem precisa contar ao Mestre que desviamos um pouco
dela?
O salto azul
escuro produzia um som seco em atrito ao solo a cada passada de Lucy.
– Vamos, não
sejam “vovôs”! – riu zombando-os e começou a andar para AnaBela quase como uma
modelo a desfilar em uma passarela.
Simon olhou para
Hariel e deu de ombros. Luzes de todas as cores eram jorradas ao céu. Pessoas
corriam a brincar com roupas neons de todas as cores.
– Me espere. – pediu Ilan a correr até Lucy.
– Me espere. – pediu Ilan a correr até Lucy.
Os Personagens: (clique na imagem para ampliar).
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E aí? Gostou? Obrigado por ter lido mais este capítulo, estou muito feliz. Comente aqui em baixo e compartilhe para seus amigos! Nos vemos na próxima publicação.
Abraço de Urso de ~~L.M.~~
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