Olá galera! Finalmente o capítulo 7 de Os Letraks! Não se esqueça da novidade do Player, com ele você pode sentir ainda mais emoção ao ler os capítulos agora, use-o com um fone de ouvido para uma melhor experiência. Comente, ok? Boa Leitura.
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Os
Letraks, por Lucas Monteiro
CAPÍTULO
7 – A Ressurreição dos Oriontes
Ambos
os garotos dão dois passos para trás vendo aquela nuvem negra pairando sobre o
livro que outrora sugara os mesmos. O som de folheares provinha do mesmo, a
nuvem parecia areia negra, por toda a estrutura da biblioteca dava-se para
ouvir a areia a se movimentar sobre o ar.
Alguns
grãos de areia brilhavam em um tom azul claro e outros em lilás, e todos
aqueles bilhares de grãos estavam sendo sugados para dentro do livro. Um frio
emanava daquela nuvem, deixando o ar com alguns graus a menos. Depois de alguns
segundos toda a areia é absorvida e o livro fechado abruptamente. O cheiro
ferroso do sangue arrepiava a pele sobre a espinha de Simon.
–
O que foi isso? – perguntou Simon a ele mesmo.
–
Por todos os pixels de uma tela! – Edwar também estava todo arrepiado e seus
olhos brilhavam. Agora dava passos cautelosos em direção ao livro dentro da
sala sobre uma mesa.
–
Onde está a Kastemyra?
–
Não sei Simon, cheguei junto com você. – Edwar olha a mancha de sangue no chão
com a largura de um palmo. – Temos que acha-la, e rápido, acho que aquilo pode
ser um vilão ou até mesmo um Derradeiro.
–
Um Derradeiro iria fazer todo esse estrago?
O
garoto loiro torce sua boca para o lado de modo pensativo.
–
Vou chamar a emergência, Edwar!
–
E dizer o que? Que tem uma nuvem negra de areia matando pessoas?
Um
grito abafado com timbre feminino é ressoado, ele vinha da sala onde estava o
livro. Rapidamente os dois rapazes adentram na mesma, Edwar liga a luz e revelam
algumas prateleiras inutilizadas, três tapetes enrolados se apoiando na parede
e um lustre empoeirado.
Lucy
estava na parede mais longe da sala, uma corrente que reluzia prateada estava
lhe aprisionando e uma fita adesiva tampando sua boca. Suas roupas estavam
todas rasgadas sinalizando uma batalha, seus óculos todos quebrados no chão e
estava ferida, e as marcas de sangue chegavam até ela.
–
O que aconteceu aqui? – questionou Edwar.
Lucy
resmunga alguma coisa com seus cabelos castanhos em sua face suada.
Simon
pega a fita prateada em sua boca e a retira rapidamente.
–
Eu não tinha pensado nisso. – falou o garoto loiro dando um meio sorriso torto.
–
Ai! – gemeu – Edwar, Simon, me desamarrem, rápido.
Sem
mais delongas os garotos fazem o que a bibliotecária pede, depois ela se
levanta, sua coxa esquerda estava cortada e ainda sangrava. Lucy rasga uma parte
de sua camisa fazendo uma faixa improvisada e amarra sobre a ferida.
–
Droga! Odeio quando não descubro o que meus pressentimentos maus me falam.
–
M… mas o que houve? – repetiu Edwar.
–
Ilan, mas não tenho tempo para explicar. Vamos entrar no livro.
Mancando
a moça vai até a mesa e abre o livro velho na metade.
–
Karnaban vare! – sussurrou ela.
Rapidamente
as letras aparecem a cintilar no ar. Depois de alguns segundos eles tomam uma
pancada já com as visões escuras. Eles caem do ar até o chão úmido com gramas.
O
céu estava escuro dentro do livro, estava noite como no mundo real, as estrelas
cintilavam ao redor da lua quase cheia e a visão do trio ficara turva por
alguns segundos.
–
Rápido, se levantem. – ordenou de maneira seca a moça que caminhava ainda desconfortante,
mas com seus dedos a gesticular sobre sua perna faz-se amenizar sua dor. – Uma
coisa muito ruim vai acontecer se não chegarmos a tempo.
–
O que era aquilo? – perguntou Edwar curioso a acompanhar os passos rápidos de
Kastemyra – Uma nuvem de areia com alguns brilhos? Um vilão que fugiu do livro?
–
Aquilo era uma aura. Uma aura de uma coisa ruim. E vilões não querem entrar no
livro e sim sair. Aquela coisa queria entrar, de todo o jeito.
Um
estrondo estremeceu a terra, depois foi seguido por um tufão de ar que roçagou
as suas vestes. Agora uma risada grave e maléfica rasgava os ouvidos dos três.
–
O Ilan está aqui? – interrogou Edwar, mas em resposta a moça apenas assentiu
positivamente a dar passos apressados.
–
Foi ele que fez isso?
–
Não, mas agora chega de perguntas Edwar. Vamos fazer o contorno no castelo,
pois temos que salvar o meu Mestre.
“O que está havendo aqui? Ilan
cortou a perna da Kastemyra? Porque ele queria matar o gato? Por ter o humilhado?”.
Depois
de várias passadas rápidas, a temperatura cai drasticamente, de entre os lábios
vapor se emanava para a atmosfera fria.
–
Céus, que frio. – disse Simon a passar suas mãos em seus braços.
A
grande árvore entra na visão do trio, juntamente com duas silhuetas se
encarando a distância de vários passos uma da outra. Uma pequena e a outra esbelta,
contudo a última segurava alguma coisa que se mexia e choramingava.
Os
pulmões de Edwar doíam a correr junto a Kastemyra para a silhueta baixa.
–
Mestre! – berrou ela.
–
Não Kastemyra! Fique onde está! – respondeu a pequena silhueta ofegante.
A
moça recusa a ordem e continua a avançar. Edwar, Simon e Kastemyra param a
alguns passos atrás do Mestre Sarcoscizor a encarar uma moça de cabelos louros
e encaracolados. Esta moça segura com apenas uma mão Ilan pelo colarinho da
camisa.
–
Marisa, o que você está fazendo? –
sussurrou Ilan quase sem forças, com as pernas doloridas e roxas de hematomas,
sua respiração era difícil por estar quase sendo enforcado.
–
Quem é você? – questionou Kastemyra à moça.
–
Creio que você não me reconheça desta forma – ela fitou ao Mestre gato –
incrível como você não cresceu… Mestre. – seus lábios se torceram em um sorriso
sarcástico.
Os
olhos felinos do Mestre ficaram semicerrados, sua mente buscava a identidade
daquela moça.
–
Esse babaca foi de grande ajuda – chacoalhou Ilan – para entrar novamente em
Karnaban. – a garota segurava em sua mão esquerda uma fina faca.
Edwar,
com um pedaço de madeira nas mãos, corre em direção à garota de cabelos encaracolados.
–
Não Edwar! – gritou Ilan com um tom de desespero na voz.
Rapidamente
a moça joga Ilan para Edwar, ambos se chocam e caem brutalmente ao chão. O
garoto loiro perde a consciência a bater a cabeça ao solo.
–
Por obséquio – vociferou o Mestre – o que tu queres aqui amaldiçoada?
Ela
começa a rir.
–
Vingança! Mas agora é hora do show, pois o efeito está passando – disse ela a
girar a faca na mão – vejam quem terá que temer daqui para frente!
A
areia negra brota do chão e a circunda ocultando-a. A nuvem negra circulava ao
redor da moça como um tornado, mas em poucos segundos o mesmo se dissipa abruptamente
promovendo um forte tufão. Ilan se arrastava pela grama úmida puxando Edwar inconsciente
para perto do Mestre.
–
Feitiçaria de transformação! – sussurrou
Kastemyra horrorizada.
Finalmente
o ser se torna visível. Seu corpo era de um rapaz com quase 25 anos e alto,
cabelos brancos, com uma franja do lado esquerdo que ia até o seu queixo, e do
lado oposto, na têmpora, era mais curto. Sua face era fina com olhos
amarelados. Usava um sobretudo negro que ia até a metade de suas canelas. Uma
bota cinza escura que acabava em seus joelhos e em seus antebraços placas de
metal prateados retangulares como armadura.
O
Mestre fica repentinamente com os olhos brilhantes quase a chorar.
–
Você foi o meu melhor aprendiz.
–
Vejo que se lembrou de mim, Mestre. –
disse asperamente, com um ódio escondido a cada sílaba pronunciada.
–
Mas foi o que teve o pior dos resultados!
O
rapaz ri euforicamente e aponta com sua mão direita espalmada para o céu.
– Argólia Saavio! – o rapaz conjura um
feitiço, onde nos céus, forma-se um halo gigante.
–
O que você fez com a Marisa? – perguntou Ilan eufórico com sua visão embaçada.
–
Digamos que ela é uma peça na qual serve para sacrifício visando um bem maior.
– respondeu Rígel calmamente – Assim como a irmã de Edwar. Eu me transformava
em seus conhecidos para estudá-los, para levá-los até a biblioteca, pois eu
suspeitava que o Livro Karnaban estivesse lá.
“O que?”
– pensou Edwar já a se levantar com o auxílio de Ilan.
–
Não vou deixar todos virem! – grita Sarcoscizor com as pequenas mãos felinas a gesticular.
– Palavra de Abolição: Exonerar.
Uma esfera de
luz branca atravessa o campo rumo ao rapaz de cabelos prateados, porém o mesmo
faz um movimento rápido com o braço direito indo da esquerda à direita. A
esfera conjurada pelo mestre explode em luz no meio do campo.
– Como esperado! Você me abolinou de Karnaban, era
previsto que agora queira me matar. – ele da um passo para frente com as mãos
cerradas abaixo das placas de metal a refletir o brilho do halo ainda no céu. –
Você teve medo que eu roubasse o seu lugar de Mestre? – berrou.
–
Nunca faria isso! – respondeu o felino – Tu que próprio se abolinou a ter sede nas
trevas. Foi seu próprio pai que ordenou a sua abolição, pois teve esperança que
tu mudaste, Rígel.
A
fina face de Rígel estava em turbulências de expressões de raiva.
–
Não minta! – gritou, depois observou três colunas de nuvens negras se formarem
em suas costas, agora ele sorria – Eu voltei para tomar todas as terras dos Gigantes
Brancos de Karnaban.
–
Terá que matar seu pai, pois agora ele é um Gigante Branco!
–
Eu não me importo. – respondeu um garotinho a sair do tornado negro. – Estava
esperando a sua volta Rígel.
O
garotinho tinha olhos mais azuis que um céu limpo, usava uma túnica negra que
se arrastava até o chão e em sua mão esquerda um cajado de ossos negros.
–
Bem vindo Betelgeuse. – sorriu Rígel a pronunciar o nome do garotinho. – Os
Oriontes estão de volta!
O
halo no céu desaparece juntamente com os tornados de nuvens negras. Tornam-se
visíveis uma garota com belas feições, cabelo liso amarrado sobre a cabeça com
uma fina corrente. Sua roupa justa era coberta por fivelas de metal negro e em
suas costas duas espadas cruzadas.
–
Olá Bellatrix!
Um
homem musculoso de pele morena que têm tatuagens brancas ornamentais por todo o
seu corpo, ele usa um chapéu que se assemelha a de um faraó, porém, as faixas
diagonais eram brancas e douradas. Usava apenas um rústico calção branco e têm seus
olhos cinza claro.
–
Marhábha Saiph!
O
homenzarrão assente com os braços cruzados deixando bem visível suas tatuagens à
luz do luar.
E
por último, um cachorro gigante de pelagem negra medindo um metro de altura das
patas no chão até suas costas.
–
Saudades do meu querido Sírius. – falou Rígel a passar a mão nos pelos negros
do animal rosnando a mostrar suas presas.
–
Irei derrotá-los como manda os Deuses! – avisou o Mestre.
–
A partir de hoje os Deuses somos nós! – abriu os braços para mostrar o seu
grupo.
Bellatrix
desembainha suas duas espadas finas, longas e negras. Betelgeuse, o garotinho, faz
com que seu cajado de ossos negros emanasse uma fumaça roxa. Saiph cerra seus
punhos e as tatuagens começam a emanar uma tênue cintilação. O cachorro Sírius
flexiona suas patas e Rígel emana sua vontade transformando as placas do seu
antebraço em garras prateadas em suas mãos.
–
Palavra de Vidro: Abóbada. – conjurou o Mestre.
Em
um piscar de olhos Sarcoscizor e os outros estavam dentro de uma abóbada
transparente. Era observada com facilidade, pois a luz da lua era refletida.
O
grupo chamado Orionte ataca. Rígel avança a correr com as garras, salta e inflige
um movimento de suas garras prateadas contra a abóbada. Ela resiste. Dentro da
mesma, Kastemyra e Sarcoscizor se preparavam.
Os
Oriontes a se movimentarem rapidamente esperando para um ataque certeiro. Os
quatro integrantes adversários se aproximam para atacar a abóbada, mas o Mestre
ao meio da mesma faz rapidamente um movimento levando seus pequenos braços para
longe de seu tronco. A Abóbada se quebra em milhares de pedaços que vão a todas
as direções.
–
Garvala! – berra Betelgeuse com seus
olhos arregalados.
O
garoto com seu cajado invocam muros de terra para sua proteção e aos demais. Os
cacos de vidros são cravados nos mesmos.
Com
receio o grupo volta em sua formação original de outrora. Rígel estava com uma
gota de suar a escorrer em sua face.
–
Velhote – começou Rígel – você vai ver a nova magia do novo mundo! GOÉCIA!
Os
outros integrantes encostam-se aos ombros do rapaz de cabelos brancos e uma
tênue aura roxa começa a se emanar dele.
–
N… não, não pode ser. – os pelos das costas de Sarcoscizor se arrepiam, seus
olhos se arregalam e sua respiração acelera – Você estará condenado Rígel, não
utilize isso.
–
Veja o que é poder. Depois de tanto tempo treinando, finalmente dominei o
primeiro espírito!
O
ar ficou pesado e sufocante, algumas pedras e gramas começam a flutuar ao redor
de Rígel, na aura roxa. Edwar fica enjoado e cai já a vomitar, Simon o socorre.
No céu, abruptamente as nuvens ficam negras e uma tempestade se forma.
–
Goécia: Regem Bael. – Rígel começa a
rir eufórico em meio aos sons dos raios e o vento forte.
–
Isso… isso é feitiçaria negra! – observou Kastemyra horrorizada, com lágrimas a
querer sair dos olhos e com seus cabelos a esvoaçarem.
O
ar começa a tremer ao mesmo tempo em que os olhos de Rígel brilham roxeados
como uma pedra ametista. O garoto, a moça e o cão se afastam do rapaz eufórico.
Uma silhueta gigante é formada atrás do líder do grupo.
–
Ele invocou feitiçaria negra, Kastemyra! Use a sua mais forte magia de
proteção.
–
Palavra do Escudeiro: Diamante! – a moça conjura um escudo grosso e brilhante
na frente deles.
–
Não há mais tempo, velhote! – disse Rígel ofegante com a mais escura das olheiras.
Suas feições afinam ainda mais, seu corpo fica mais magro e escuro.
–
Chega Rígel! – pediu Bellatrix – Você quase não está aguentando.
–
Calada! – ele projeta ambas as garras espalmadas à frente de seu peito – Tormenta!
Rapidamente
o Mestre conjura uma poderosa magia de proteção esférica em dez metros em seu
redor cobrindo seus aliados. Com um movimento braçal a silhueta demoníaca lança
um raio roxo enorme e poderoso contra o escudo recém-conjurado.
Uma
grandiosa explosão é ressoada quando o raio se choca a nova abóbada protetora.
Os galhos de a grande árvore rangem e Rígel continua a rir e seu corpo a secar.
Uma
grande poeira é criada em decorrência do raio.
Rígel
para com seu poder das trevas, a cair ao chão inconsciente. A silhueta assustadora
some. Saiph rapidamente auxilia Rígel pegando-o em seus braços. O resto do
grupo esperava a poeira se dissipar para ver o resultado.
–
Rígel está morto Saiph? – perguntou Bellatrix preocupada.
– Nós os matamos? –
questionou a si mesmo Betelgeuse a segurar forte seu cajado.
Os Personagens: (clique na imagem para ampliar).
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E aí? Gostou? Obrigado por ter lido mais este capítulo, estou muito feliz. Comente aqui em baixo e compartilhe para seus amigos! Nos vemos na próxima publicação.
Abraço de Urso de ~~L.M.~~
Gostei bastante, talvez seja impressão minha, mas vejo uma pequena influência de Harry Potter neste capítulo.
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