26 de agosto de 2013

Os Letraks - Capítulo 7 - A Ressurreição dos Oriontes

Olá galera! Finalmente o capítulo 7 de Os Letraks! Não se esqueça da novidade do Player, com ele você pode sentir ainda mais emoção ao ler os capítulos agora, use-o com um fone de ouvido para uma melhor experiência. Comente, ok? Boa Leitura.

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Os Letraks, por Lucas Monteiro

CAPÍTULO 7 – A Ressurreição dos Oriontes

Ambos os garotos dão dois passos para trás vendo aquela nuvem negra pairando sobre o livro que outrora sugara os mesmos. O som de folheares provinha do mesmo, a nuvem parecia areia negra, por toda a estrutura da biblioteca dava-se para ouvir a areia a se movimentar sobre o ar.
Alguns grãos de areia brilhavam em um tom azul claro e outros em lilás, e todos aqueles bilhares de grãos estavam sendo sugados para dentro do livro. Um frio emanava daquela nuvem, deixando o ar com alguns graus a menos. Depois de alguns segundos toda a areia é absorvida e o livro fechado abruptamente. O cheiro ferroso do sangue arrepiava a pele sobre a espinha de Simon.
– O que foi isso? – perguntou Simon a ele mesmo.
– Por todos os pixels de uma tela! – Edwar também estava todo arrepiado e seus olhos brilhavam. Agora dava passos cautelosos em direção ao livro dentro da sala sobre uma mesa.
– Onde está a Kastemyra?
– Não sei Simon, cheguei junto com você. – Edwar olha a mancha de sangue no chão com a largura de um palmo. – Temos que acha-la, e rápido, acho que aquilo pode ser um vilão ou até mesmo um Derradeiro.
– Um Derradeiro iria fazer todo esse estrago?
O garoto loiro torce sua boca para o lado de modo pensativo.
– Vou chamar a emergência, Edwar!
– E dizer o que? Que tem uma nuvem negra de areia matando pessoas?
Um grito abafado com timbre feminino é ressoado, ele vinha da sala onde estava o livro. Rapidamente os dois rapazes adentram na mesma, Edwar liga a luz e revelam algumas prateleiras inutilizadas, três tapetes enrolados se apoiando na parede e um lustre empoeirado.
Lucy estava na parede mais longe da sala, uma corrente que reluzia prateada estava lhe aprisionando e uma fita adesiva tampando sua boca. Suas roupas estavam todas rasgadas sinalizando uma batalha, seus óculos todos quebrados no chão e estava ferida, e as marcas de sangue chegavam até ela.
– O que aconteceu aqui? – questionou Edwar.
Lucy resmunga alguma coisa com seus cabelos castanhos em sua face suada.
Simon pega a fita prateada em sua boca e a retira rapidamente.
– Eu não tinha pensado nisso. – falou o garoto loiro dando um meio sorriso torto.
– Ai! – gemeu – Edwar, Simon, me desamarrem, rápido.
Sem mais delongas os garotos fazem o que a bibliotecária pede, depois ela se levanta, sua coxa esquerda estava cortada e ainda sangrava. Lucy rasga uma parte de sua camisa fazendo uma faixa improvisada e amarra sobre a ferida.
– Droga! Odeio quando não descubro o que meus pressentimentos maus me falam.
– M… mas o que houve? – repetiu Edwar.
– Ilan, mas não tenho tempo para explicar. Vamos entrar no livro.
Mancando a moça vai até a mesa e abre o livro velho na metade.
Karnaban vare! ­– sussurrou ela.
Rapidamente as letras aparecem a cintilar no ar. Depois de alguns segundos eles tomam uma pancada já com as visões escuras. Eles caem do ar até o chão úmido com gramas.
O céu estava escuro dentro do livro, estava noite como no mundo real, as estrelas cintilavam ao redor da lua quase cheia e a visão do trio ficara turva por alguns segundos.
– Rápido, se levantem. – ordenou de maneira seca a moça que caminhava ainda desconfortante, mas com seus dedos a gesticular sobre sua perna faz-se amenizar sua dor. – Uma coisa muito ruim vai acontecer se não chegarmos a tempo.
– O que era aquilo? – perguntou Edwar curioso a acompanhar os passos rápidos de Kastemyra – Uma nuvem de areia com alguns brilhos? Um vilão que fugiu do livro?
– Aquilo era uma aura. Uma aura de uma coisa ruim. E vilões não querem entrar no livro e sim sair. Aquela coisa queria entrar, de todo o jeito.
Um estrondo estremeceu a terra, depois foi seguido por um tufão de ar que roçagou as suas vestes. Agora uma risada grave e maléfica rasgava os ouvidos dos três.
– O Ilan está aqui? – interrogou Edwar, mas em resposta a moça apenas assentiu positivamente a dar passos apressados.
– Foi ele que fez isso?
– Não, mas agora chega de perguntas Edwar. Vamos fazer o contorno no castelo, pois temos que salvar o meu Mestre.
“O que está havendo aqui? Ilan cortou a perna da Kastemyra? Porque ele queria matar o gato? Por ter o humilhado?”.
Depois de várias passadas rápidas, a temperatura cai drasticamente, de entre os lábios vapor se emanava para a atmosfera fria.
– Céus, que frio. – disse Simon a passar suas mãos em seus braços.
A grande árvore entra na visão do trio, juntamente com duas silhuetas se encarando a distância de vários passos uma da outra. Uma pequena e a outra esbelta, contudo a última segurava alguma coisa que se mexia e choramingava.
Os pulmões de Edwar doíam a correr junto a Kastemyra para a silhueta baixa.
– Mestre! – berrou ela.
– Não Kastemyra! Fique onde está! – respondeu a pequena silhueta ofegante.
A moça recusa a ordem e continua a avançar. Edwar, Simon e Kastemyra param a alguns passos atrás do Mestre Sarcoscizor a encarar uma moça de cabelos louros e encaracolados. Esta moça segura com apenas uma mão Ilan pelo colarinho da camisa.
Marisa, o que você está fazendo? ­– sussurrou Ilan quase sem forças, com as pernas doloridas e roxas de hematomas, sua respiração era difícil por estar quase sendo enforcado.
– Quem é você? – questionou Kastemyra à moça.
– Creio que você não me reconheça desta forma – ela fitou ao Mestre gato – incrível como você não cresceu… Mestre. – seus lábios se torceram em um sorriso sarcástico.
Os olhos felinos do Mestre ficaram semicerrados, sua mente buscava a identidade daquela moça.
– Esse babaca foi de grande ajuda – chacoalhou Ilan – para entrar novamente em Karnaban. – a garota segurava em sua mão esquerda uma fina faca.
Edwar, com um pedaço de madeira nas mãos, corre em direção à garota de cabelos encaracolados.
– Não Edwar! – gritou Ilan com um tom de desespero na voz.
Rapidamente a moça joga Ilan para Edwar, ambos se chocam e caem brutalmente ao chão. O garoto loiro perde a consciência a bater a cabeça ao solo.
– Por obséquio – vociferou o Mestre – o que tu queres aqui amaldiçoada?
Ela começa a rir.
– Vingança! Mas agora é hora do show, pois o efeito está passando – disse ela a girar a faca na mão – vejam quem terá que temer daqui para frente!
A areia negra brota do chão e a circunda ocultando-a. A nuvem negra circulava ao redor da moça como um tornado, mas em poucos segundos o mesmo se dissipa abruptamente promovendo um forte tufão. Ilan se arrastava pela grama úmida puxando Edwar inconsciente para perto do Mestre.
Feitiçaria de transformação! – sussurrou Kastemyra horrorizada.
Finalmente o ser se torna visível. Seu corpo era de um rapaz com quase 25 anos e alto, cabelos brancos, com uma franja do lado esquerdo que ia até o seu queixo, e do lado oposto, na têmpora, era mais curto. Sua face era fina com olhos amarelados. Usava um sobretudo negro que ia até a metade de suas canelas. Uma bota cinza escura que acabava em seus joelhos e em seus antebraços placas de metal prateados retangulares como armadura.
O Mestre fica repentinamente com os olhos brilhantes quase a chorar.
– Você foi o meu melhor aprendiz.
– Vejo que se lembrou de mim, Mestre. – disse asperamente, com um ódio escondido a cada sílaba pronunciada.
– Mas foi o que teve o pior dos resultados!
O rapaz ri euforicamente e aponta com sua mão direita espalmada para o céu.
Argólia Saavio! – o rapaz conjura um feitiço, onde nos céus, forma-se um halo gigante.
– O que você fez com a Marisa? – perguntou Ilan eufórico com sua visão embaçada.
– Digamos que ela é uma peça na qual serve para sacrifício visando um bem maior. – respondeu Rígel calmamente – Assim como a irmã de Edwar. Eu me transformava em seus conhecidos para estudá-los, para levá-los até a biblioteca, pois eu suspeitava que o Livro Karnaban estivesse lá.
“O que?”
– pensou Edwar já a se levantar com o auxílio de Ilan.
– Não vou deixar todos virem! – grita Sarcoscizor com as pequenas mãos felinas a gesticular. – Palavra de Abolição: Exonerar.
Uma esfera de luz branca atravessa o campo rumo ao rapaz de cabelos prateados, porém o mesmo faz um movimento rápido com o braço direito indo da esquerda à direita. A esfera conjurada pelo mestre explode em luz no meio do campo.
– Como esperado! Você me abolinou de Karnaban, era previsto que agora queira me matar. – ele da um passo para frente com as mãos cerradas abaixo das placas de metal a refletir o brilho do halo ainda no céu. – Você teve medo que eu roubasse o seu lugar de Mestre? – berrou.
– Nunca faria isso! – respondeu o felino – Tu que próprio se abolinou a ter sede nas trevas. Foi seu próprio pai que ordenou a sua abolição, pois teve esperança que tu mudaste, Rígel.
A fina face de Rígel estava em turbulências de expressões de raiva.
– Não minta! – gritou, depois observou três colunas de nuvens negras se formarem em suas costas, agora ele sorria – Eu voltei para tomar todas as terras dos Gigantes Brancos de Karnaban.
– Terá que matar seu pai, pois agora ele é um Gigante Branco!
– Eu não me importo. – respondeu um garotinho a sair do tornado negro. – Estava esperando a sua volta Rígel.
O garotinho tinha olhos mais azuis que um céu limpo, usava uma túnica negra que se arrastava até o chão e em sua mão esquerda um cajado de ossos negros.
– Bem vindo Betelgeuse. – sorriu Rígel a pronunciar o nome do garotinho. – Os Oriontes estão de volta!
O halo no céu desaparece juntamente com os tornados de nuvens negras. Tornam-se visíveis uma garota com belas feições, cabelo liso amarrado sobre a cabeça com uma fina corrente. Sua roupa justa era coberta por fivelas de metal negro e em suas costas duas espadas cruzadas.
– Olá Bellatrix!
Um homem musculoso de pele morena que têm tatuagens brancas ornamentais por todo o seu corpo, ele usa um chapéu que se assemelha a de um faraó, porém, as faixas diagonais eram brancas e douradas. Usava apenas um rústico calção branco e têm seus olhos cinza claro.
– Marhábha Saiph!
O homenzarrão assente com os braços cruzados deixando bem visível suas tatuagens à luz do luar.
E por último, um cachorro gigante de pelagem negra medindo um metro de altura das patas no chão até suas costas.
– Saudades do meu querido Sírius. – falou Rígel a passar a mão nos pelos negros do animal rosnando a mostrar suas presas.
– Irei derrotá-los como manda os Deuses! – avisou o Mestre.
– A partir de hoje os Deuses somos nós! – abriu os braços para mostrar o seu grupo.
Bellatrix desembainha suas duas espadas finas, longas e negras. Betelgeuse, o garotinho, faz com que seu cajado de ossos negros emanasse uma fumaça roxa. Saiph cerra seus punhos e as tatuagens começam a emanar uma tênue cintilação. O cachorro Sírius flexiona suas patas e Rígel emana sua vontade transformando as placas do seu antebraço em garras prateadas em suas mãos.
– Palavra de Vidro: Abóbada. – conjurou o Mestre.
Em um piscar de olhos Sarcoscizor e os outros estavam dentro de uma abóbada transparente. Era observada com facilidade, pois a luz da lua era refletida.
O grupo chamado Orionte ataca. Rígel avança a correr com as garras, salta e inflige um movimento de suas garras prateadas contra a abóbada. Ela resiste. Dentro da mesma, Kastemyra e Sarcoscizor se preparavam.
Os Oriontes a se movimentarem rapidamente esperando para um ataque certeiro. Os quatro integrantes adversários se aproximam para atacar a abóbada, mas o Mestre ao meio da mesma faz rapidamente um movimento levando seus pequenos braços para longe de seu tronco. A Abóbada se quebra em milhares de pedaços que vão a todas as direções.
Garvala! – berra Betelgeuse com seus olhos arregalados.
O garoto com seu cajado invocam muros de terra para sua proteção e aos demais. Os cacos de vidros são cravados nos mesmos.
Com receio o grupo volta em sua formação original de outrora. Rígel estava com uma gota de suar a escorrer em sua face.
– Velhote – começou Rígel – você vai ver a nova magia do novo mundo! GOÉCIA!
Os outros integrantes encostam-se aos ombros do rapaz de cabelos brancos e uma tênue aura roxa começa a se emanar dele.
– N… não, não pode ser. – os pelos das costas de Sarcoscizor se arrepiam, seus olhos se arregalam e sua respiração acelera – Você estará condenado Rígel, não utilize isso.
– Veja o que é poder. Depois de tanto tempo treinando, finalmente dominei o primeiro espírito!
O ar ficou pesado e sufocante, algumas pedras e gramas começam a flutuar ao redor de Rígel, na aura roxa. Edwar fica enjoado e cai já a vomitar, Simon o socorre. No céu, abruptamente as nuvens ficam negras e uma tempestade se forma.
Goécia: Regem Bael. – Rígel começa a rir eufórico em meio aos sons dos raios e o vento forte.
– Isso… isso é feitiçaria negra! – observou Kastemyra horrorizada, com lágrimas a querer sair dos olhos e com seus cabelos a esvoaçarem.
O ar começa a tremer ao mesmo tempo em que os olhos de Rígel brilham roxeados como uma pedra ametista. O garoto, a moça e o cão se afastam do rapaz eufórico. Uma silhueta gigante é formada atrás do líder do grupo.
– Ele invocou feitiçaria negra, Kastemyra! Use a sua mais forte magia de proteção.
– Palavra do Escudeiro: Diamante! – a moça conjura um escudo grosso e brilhante na frente deles.
– Não há mais tempo, velhote! – disse Rígel ofegante com a mais escura das olheiras. Suas feições afinam ainda mais, seu corpo fica mais magro e escuro.
– Chega Rígel! – pediu Bellatrix – Você quase não está aguentando.
– Calada! – ele projeta ambas as garras espalmadas à frente de seu peito – Tormenta!
Rapidamente o Mestre conjura uma poderosa magia de proteção esférica em dez metros em seu redor cobrindo seus aliados. Com um movimento braçal a silhueta demoníaca lança um raio roxo enorme e poderoso contra o escudo recém-conjurado.
Uma grandiosa explosão é ressoada quando o raio se choca a nova abóbada protetora. Os galhos de a grande árvore rangem e Rígel continua a rir e seu corpo a secar.
Uma grande poeira é criada em decorrência do raio.
Rígel para com seu poder das trevas, a cair ao chão inconsciente. A silhueta assustadora some. Saiph rapidamente auxilia Rígel pegando-o em seus braços. O resto do grupo esperava a poeira se dissipar para ver o resultado.
– Rígel está morto Saiph? – perguntou Bellatrix preocupada.
               – Nós os matamos? – questionou a si mesmo Betelgeuse a segurar forte seu cajado.


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Os Personagens: (clique na imagem para ampliar).
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Abraço de Urso de ~~L.M.~~

Um comentário :

  1. Gostei bastante, talvez seja impressão minha, mas vejo uma pequena influência de Harry Potter neste capítulo.

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