12 de janeiro de 2014

Os Letraks - Capítulo 12 - A Casta

Olá galera! Capítulo 12 dOs Letraks saiu! Espero que gostem. Desculpem-me a imensa demora para postar (que coisa feia isso) mas tive umas coisas para fazer nas férias. Recomendem o blog, comentem e compartilhem no facebook!! Boa Leitura.

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Os Letraks, por Lucas Monteiro

CAPÍTULO 12 – Decisão da Casta

“O que esta acontecendo? Como eu fiz isso?” – se questionava Simon.
Lucy, com sua espada, usa o castão para bater na cabeça de um segurança quando o mesmo estava a se recompor. Os garotos proferem golpes contra os adversários em seus lados. Porém, depois de Simom tentar atordoar seu oponente, o homenzarrão consegue golpeá-lo na face. A franja do rapaz é jogada para trás assim como o seu corpo. De seu nariz, instantaneamente começa a sair sangue.
– Sua macaca albinaa! – berrou Lucy a atirar a sua espada contra Bela.
Em sua proteção, a gêmea albina usa mais uma vez o símbolo da sua palma. A espada é ricocheteada para o lado esquerdo de Lucy que já estava a correr até Bela.
A espada é cravada na parede a poucos centímetros do corpo de Simon, inconsciente. Lucy, com o auxílio de uma mesa, pula sobre Bela. Ambas se chocam ao chão.
Hariel, passando o pé entre as pernas do segurança, ajuda Simon. Ilan, em seguida, golpeia o segurança no chão com um extintor.
– Estou bem, estou bem. – dizia Simon já consciente.
Bela é chocada ao chão, deixando seus pulmões sem ar. Arfou Lucy a socar Bela em sua face.
– Kastemyra! – berrou Ana furiosa a avançar contra sua adversária.
Lucy a observa e se projeta para traz. Ana joga sua taça contra Lucy.
Mentis Flante! – vociferou Ana a ver a sua taça se chocar no corpo de sua inimiga.
Da taça de vidro, uma explosão psíquica é projetada em seu redor. Tudo perde sua saturação e o movimentar-se desacelera. Os sons abafados da festa são interrompidos dentro da esfera psíquica, apenas se ouvia um tênue zumbido grave. O lustre de vidro cai, se explodindo ainda no ar. Os pequenos cacos de vidros caiam lentamente com o efeito da habilidade de Ana.
A taça a rodopiar vagarosamente derrama o conteúdo negro que outrora Ana a bebericava. Lucy começa a definhar até o chão. Seus olhos arregalados, seus brincos e cabelos a esvoaçar. Seu vestido e pele são rasgados pelos cacos de vidros que caiam lentamente.
Contudo, a esfera psíquica é sugada abruptamente novamente para a taça quando o líquido negro toca ao chão.
Lucy cai parcialmente sobre Bela. Ambas gemiam de dor. Ana a alguns passos das duas observa com surpresa sua palma da mão. Nela, continha o mesmo símbolo que a palma de Bela.
Do outro lado da sala, Simon se levanta com um hematoma sobre a sua sobrancelha direita. Do lado de Ilan um segurança se levanta. Rapidamente o mesmo usa o extintor para golpear seu adversário na cabeça.
– Eu estou batendo em vocês para dormirem! – berrou Ilan irritado – Então não se levantem!
O segurança, com a pancada na cabeça, cai ao chão.
– Lucy! – preocupou-se Ilan. Ele repousa o extintor no chão e vai até sua colega deitada. – Você está bem?
– Caraca – surpreendeu-se Simon a passar sua mão ao hematoma.
– Podemos fazer um acordo – propôs Ana a fitar Bela gemendo – deixo vocês irem, mas não podem dizer a Casta ou alguém que ajudei Sarcoscizor a entrar para Karnaban.
– Você é uma macaca idiota – xingou Lucy a se levantar – Sarcoscizor não foi banido de Karnaban, Rígel lhe usou. Você ajudou o único Guardião das Letras vivo que já usou Goécia.
– Bem, invocar demônios não é uma coisa muito honrosa, mas como saberei que você fala a verdade?
Lucy tinha seu vestido todo rasgado e seu corpo estara com alguns cortes.
– Por favor, Ana, nos ajude! – pediu Ilan a sustentar o equilíbrio de Lucy.
A albina franze o cenho.
– Vocês vêm até a minha festa, bate em meus seguranças, quase matam a minha irmã e ainda pedem favores? Porque os ajudaria?
– Sempre tivemos uma relação delicada – começou Lucy – mas não estamos aqui em ordem da Casta. Sarcoscizor foi exilado para uma das Ilhas Perdidas. Rígel foi banido de Karnaban por tentar executar Goécia. Não sei os planos dele, Ana, mas reuniu todos os Oriontes para o mal novamente. – Lucy fita Bela no chão – posso ajudar sua irmã. Então, qual a sua escolha? Nos abandonar e ficar esperando o pior ou contar tudo o que você fez para ajudar Rígel?


– Você deve tomar mais cuidado, parar de se empolgar, temos tempo, Rígel! – pediu Bellatrix.
Os Oriontes estavam a caminhar para uma casa corroída com o tempo, envolvido com sarças negras. O céu estava com nuvens escuras.
– Tudo bem que para o plano der certo precisamos de Goécia – justificou Betelgeuse – mas caso você seja consumido por não ter preparo, não teremos o que queremos.
Rígel franziu o cenho. O cachorro Sírius, ao lado de Rígel, late.
– Sim, eu sei que ainda não posso suportar muito bem uma Goécia, mas lhes ensinarei e perceberão o quão custoso é treinar. – Ele levanta a mão e pausa seus passos. – MARTANA! – berrou.
Um raio se alastrou no ar, impactando se ao chão.
– Acho que somos indesejados. – presumiu Betelgeuse.
Saiph, de olhos semicerrados, funga.
– Velha maldita! – sussurrou Rígel.
O homem levanta sua palma e com um movimento brusco para frente, faz a manipulação de um raio, que, como o de outrora, rasga o céu e se choca ao chão. O som do estrondo se alastra, os Oriontes ficam calados a espera de algum acontecimento, porém apenas se ouvia o trovão se extinguir a ecos.
Rígel sorri com o canto da boca, coloca seu capuz, e começa a andar para a casa. Betelgeuse, Bellatrix e Saiph se espelham ao seu líder e usufruem do capuz. Depois de dezenas de passos, a mão do líder bate na porta.
Nada acontece. Novamente se bate na porta, agora mais forte.
– PELOS DEMONIOS! – ouviu um berro.
Abruptamente a porta se escancarou batendo contra os cipós ao lado. Uma mulher de vestido negro e olhar furioso se torna visível por uma luz tênue.
– Saiam daqui ou vou matá-los! – ameaçou a mulher.
Rígel deu um passo para trás, com receio, contudo, franziu-se o cenho e abriu a boca.
– Olá Martana! – disse Rígel direcionando um olhar frio e ameaçador.
– Ridículas crianças magrelas! – A mulher usou uma espécie de vara para lançar contra o rapaz um raio vermelho.
Betel cria uma barreira invisível que os protege. O raio bate contra o sólido invisível e se transforma em uma fumaça vermelha e densa.
– Viemos aqui buscando um favor. – explicou Betel.
A fumaça começa a desaparecer. A mulher começa a gargalhar maleficamente.
– Um ser como eu não faz favores a ninguém. – sua voz era áspera.
– Uma grandiosa recompensa depois de tudo, pode lhe mudar a ideia. – proferiu Bellatrix suavemente. – A senhora poderia comer o quanto quiser.
Martana mostrou seus dentes afiados em um sorriso macabro.
– Entrem.
Um bom tempo se passa, com um silêncio ao redor da casa. A porta se abre novamente e os Oriontes saem a mostrar sorrisos satisfatórios. A mulher fica na porta observando-os sair. Rígel se vira visando a fitar Martana.
– Apenas não os engorde, pois não quero que você os coma… bruxa!
Martana sorri e fecha a porta com uma batida. Os Oriontes voltam a caminhar.

O ar era inundado com a vibração das pedras de iluminação amarela. Sarcoscizor e Edwar esperavam os indivíduos arrumarem, no solo, quartzos brancos. A seguir as bordas do círculo dourado no chão de pedra fria, as oito rochas brancas são postas em distâncias iguais.
Os dois indivíduos concluem o serviço e se retiram. Um silêncio pragmático se alastra. Todos da sala ficam a observar o circulo de dois metros de diâmetro.
– Se poste ao centro, garoto! – ordenou Hiregen a levantar de sua mesa.
Os cabelos longos e brancos de Hiregen agitavam-se ao ar. O Gigante Branco permanece frente ao circulo de mãos entrelaçadas nas costas.
Edwar olha para Sarcoscizor, suas sobrancelhas se contorciam de receio. “Isso e uma boa ideia?” – ele pensava. “Não vai ser pedrinhas que irão me amedrontar, irei agora!”.
O garoto anui com a cabeça e dá passadas até adentrar no círculo de oito quartzos.
Os murmurinhos começaram quando, dos quartzos, linhas roxeadas de luz iniciaram a pairar no céu. Cada rocha jogava no ar, um feixe de luz. Aos olhos pareciam ser quase sólidas, se igualavam a fitas de seda a esvoaçarem ao vento.
Hiregen da um passo hesitante para trás.
– Esse garoto está com sua energia contaminada por goécia! – observou Hiregen. Depois de segundos a pensar, olha para o Descastas. – O que pretende? Que a Casta vá atrás de meu próprio filho para puni-lo com a morte? Esse garoto que tu trouxeste não provas nada.
– Nem mesmo ele sendo da dimensão dos Sem Magia? – retrucou Sarcoscizor.
Murmúrios seguiram depois de um som de surpresa em coral.
– Você usou Magia de Sangue para trazer um humano da outra dimensão! – acusou.
– FALÁCIA! – berrou Sarcoscizor – Foi sua prole que fez este feito.
Sarcoscizor se arrepende de ter aumentado seu tom de voz, enraiveceu por outrora já ter sido acusado. Os outros integrantes da Casta estavam de boca aberta, apavorados com a falta de respeito com seu líder e com o grupo. Uma das coisas mais desrespeitosas naquele recinto, no subsolo, era gritar, pois os humanos de Gorleryn não sabiam da existência da Casta. E se um grito alcançasse a superfície promoveria suspeitas e boatos, e caso descoberta esta informação, um caos se alastraria por toda a dimensão de Karnaban.
– Por Karnaban! Tu serás decapitado por desrespeito a Lei Maior. Nós decidimos: tu és um mentiroso! Leve-os para as masmorras. – ordenou a fitar os guerreiros.
– Garoto – chamou o Mestre – Vamos embora.
– Tu achas que estou apenas lhe a ameaçar? Pegue-os! – ordenou.
Dois homens com armaduras grandiosas se aproximam dos visitantes. Rapidamente o Mestre pula nas costas de Edwar, e, por uns instantes, fitou em silêncio o gato de pelagem negra. Depois piscou.
– Corre! – instruiu Sarcoscizor.
– O que!? – arfou Edwar a observar a aproximação dos guardas.
– Vai!
Instintivamente o garoto sai em disparada. O gato em suas costas. O som ressoando das pessoas indignadas se misturava com o atrito das partes das armaduras dos guardas a correr. Os cabelos loiros de Edwar esvoaçaram quando se jogou impulsionado ao chão, deslizou por entre as pernas de um dos guardas. O gato usou o ombro de seu aprendiz para pular, dando uma pirueta no ar e depois, com os pés, pousou no grande capacete do homenzarrão. Novamente saltitou nos ombros de Edwar já a se levantar.
O garoto fez um impulso com os pés e se lançou a correr com toda a força de seus músculos. Começaram a subir as escadas, os sons dos passos ressoavam secos nas pedras cinzentas. A partir da metade do trajeto da escada, Sarcoscizor instruiu:
– Depois que sair do tempo desça a rua – apontou com a pata para o ponto cardial correspondente – a qual não a usamos ainda.
Edwar ofegante assentiu. As passadas eram rápidas, mas quase aos calcanhares, os guardas a lhes perseguirem. O ambiente estava frio, porém, quando ambos usaram a porta viram os bancos do templo repleto de pessoas. Os raios solares atravessavam os vidros coloridos a inundar o templo com várias cores vibrantes. Quando Edwar passou a correr com seu Mestre sobre as costas pelo corredor, as pessoas com roupas coloridas arregalaram os olhos. A grandiosa porta estava aberta e ambos atravessaram com rapidez.
– Corra para lá! – apontou o gato para a sua direita, elegendo como rota a continuação da rua em que outrora usaram.
Em disparada, o garoto dá suas passadas. Observa em sua frente às longas malhas coloridas da multidão. Chapéus com chocalhos, colares de pedras multicoloridas, braceletes e tornozeleiras a tilintarem. Os berros dos vendedores, o cheiro de carne sendo assada. A rua começa a declinar. A descer a mesma, o garoto arfava forte continuamente. Os guardas os perseguiam, porém eram dificultados pelas armaduras a passar por entre as pessoas. Ambos os fugitivos eram pequenos, por esta razão tomam distância.
Depois de serpentear entre as pessoas, de ouvir berros sobre os ouvidos dos vendedores, e de sentir os pés latejarem contra a pedra empoeirada, ambos desceram pela rua, eles pareciam apenas duas formigas em um grande formigueiro. Os guardas os perseguiam com persistência. Edwar se chocava com as pessoas e seu pulmão começara a doer. O gato o instruía a ir pelo lado direito da rua.
– Eu não aguento mais! – expressou o menino.
Sarcoscizor franze o cenho preocupado.
– Tu és rápido, agora, apenas bata naquela casa – apontou o Mestre a uma residência de dois andares feita de madeira clara.
Com mais algum esforço Edwar obedece. Ao chegarem lá, a porta é golpeada. Sarcoscizor salta ao chão. A porta abre e a face de uma mulher de pele pálida aparece.
– Lave-me com cores! – ela cumprimentou.
– Deixe-nos entr… – pediu Edwar, porém fora interrompido rapidamente por seu Mestre.
– Kjakari assim fará! – retribuiu o gato a sorrir. – Necessito ver seu patrão.
– Ah – ela demonstrou infelicidade – ele não está, acho que saiu para uma reunião, ele não me conta as coisas.
– Bem, poderemos então entrar para esperar até ele chegar? – rogou o menino sentindo medo dos guardas que se aproximavam.
A mulher escancara a porta e ambos rapidamente entram. O interior da casa era aconchegante, porém simples. O ar era quente e com cheiro amadeirado.
– Sentem-se. Aceitariam um chá? – perguntou ela a apontar a uma mesa.
Os visitantes assentiram. Ela vestia bonitas roupas coloridas, seu cabelo era ondulado e longo, este estava amarrado com uma fita no alto da cabeça. A moça vai à cozinha e tilintar de cerâmicas é soado, depois liquido a preencher um recipiente.
– Me chamo Amélia – se apresentou já a entregar as xícaras com líquido fumegante. – Meu patrão é muito misterioso, me desculpem, não posso dizer se vai demorar.
O gato sorriu e o menino bebericou o chá escuro. O gosto era canelado e mentolado, ao fim de um gole, uma tênue sensação de amargo se alastrava na língua.
– Pressinto a chegada dele em breve. – explanou Sarcoscizor a mover os bigodes de gato.
Alguns minutos se passam e o receio dos guardas os encontrarem foi regredindo. Amélia começara a fazer uma limpeza na casa. O chá estava quente e Edwar acabara de queimar a boca. Um estalo é soado como uma porta a ser aberta, porém provinha no interior de um quarto.
Amélia fita os visitantes e sorri, depois coloca a vassoura de lado e se retira rapidamente em direção ao aposento. Da porta do quarto um gato humanoide semelhante à Sarcoscizor aparece. Sua pelagem era negra e os olhos acinzentados.
O mestre levanta-se e move as sobrancelhas para cima.
– Lave-me com cores! – cumprimentou o Mestre com receio ao tom da voz.
– Oh Sarcoscizor, porque viestes até Gorleryn? – indagou o gato negro com os braços cruzados. – Tu és um Descastas, nunca mais deveria pisar aqui pela sua segurança.
–Pensei que seríamos recepcionados calorosamente por ti, Danzaki. – expressou Sarcoscizor.
O gato negro fitou para Amélia avisando para se retirar. A mulher pede licença e se ausenta. Danzaki se aproxima dos visitantes e começa a falar.
– Depois de tudo que eu fiz tu vens e me devasta com minhas esperanças de te ver morar nesta cidade novamente. –balançou a cabeça em reprovação. – Oque fazem aqui? Os guardas da Casta estão vós procurando.
– Eu tenho um pedido a lhe fazer – respondeu, depois ergueu seu rabo e começou a abanar. – Preciso que tu me avises sobre alguns assuntos de dentro da Casta.
– Quer que eu seja seu espião? – retorquiu o gato negro a se sentar frente aos visitantes.
– Se preferes me chamar assim…
Danzaki ergue uma sobrancelha e depois de alguns segundos fita a face de Edwar.
– E esse garoto? Foi infectado por Goécia?
Sarcoscizor assentiu. Edwar estava olhando ao redor, as mobílias. Depois voltou sua atenção.
– Ah, oque? – questionou confuso – sou Edwar, prazer. E como meu Mestre falou, enfrentamos Rígel.
Mestre? – Danzaki falou com tom de sermão a fitar o outro gato.
– Eu ressuscitei os Letraks. – proferiu com tom ofensivo. – O Deus Gato está do meu lado, Danzaki, eles me salvaram de um exército de Derradeiros. Eu tenho esperança nessa semente.
– Tu podes ter esperança, mas o terreno não é fértil… – O gato negro se levantou, fitou seus visitantes sobre os ombros – Eu me farei seu espião. Agora, sigam-me.
Edwar e seu mestre se levantam, colocam as xícaras sobre a mesa e andam nos mesmos passos que Danzaki. Um corredor cheio de cortinas diferentes entrou na visão. Depois do mar de cores dobraram a esquerda e uma escada para o segundo andar surgiu. Subiram na mesma. Rangia tênue a cada degrau subido. Uma porta no alto apontou, sua maçaneta era transparente e tinha desenhos brancos de arabescos. Pararam no último degrau. Edwar estava ansioso e inquieto. Ele poderia colocar tudo aqui em seu futuro jogo.
– Eu gostaria de lhe mostrar a ti, Sarc! – articulou Danzaki a destrancar a porta com uma chave branca, depois girou a maçaneta.
A luz do sol inundava a sala pela janela. Cortinas penduradas em aros no teto. Tapetes no chão dobrados meticulosamente e à parede oposta uma estante cheia de frascos.
– Ainda com seu negócio no comercio… – sorriu Sarcoscizor com o canto da boca.
Os três adentram na sala.
– Não era esse o meu objetivo, de mostrar como andas meu comércio. – O gato foi até ao cetro da sala e se aproximou de uma de suas cortinas que estava na parede esquerda.
A sala era inundada com cheiro de perfumes. Danzaki fez sinal com a cabeça para se aproximarem. Os dedos de pelagem negra envolveu a cortina e os mesmos puxam-na.
O outro gato arqueja uma das sobrancelhas surpreso.
– Onde tu arrumaste este Zankay? – perguntou se aproximando do pedaço de pedra.
– Mercado negro…
Zankay era um pedaço de pedra achatada que media dois metros, no centro, um círculo de símbolos.
– Isso é igual aquilo que atravessamos para vir pra cá? – observou Edwar.
– Ah! – Danzaki raspa a unha indicadora na pedra – Ainda usaste Magia de Sangue?
O gato castanho conservou suas palavras.
– Não é exagero ser exilado depois de tentar usar para salvar Anygria. – fitou Danzaki a Sarc.
– Ela era a minha última esperança… até agora. – Sarc nostálgico olha para Edwar.
Um silêncio imerge a sala. A porta é golpeada e Amélia entra.
– Senhor… – ela passa o olhar para os visitantes e depois para a pedra, a moça arregala seus olhos, depois de alguns segundos, a mesma começa a falar. – Existem guardas na porta esperando serem atendidos…
Danzaki rapidamente cobre o seu Zankay. Franze o seu cenho.
– Espere aqui, irmão! – pediu o gato negro ao castanho.
Sarcoscizor assente usando uma de suas patas.
O patrão vai até sua empregada e Edwar ouve advertências sobre entrar em salas do andar de cima. Danzaki chaveia a porta novamente e depois paira um silêncio.
– Céus, o que vamos fazer? – questionou Edwar.
– Usaremos o Zankay antes que os guardas nos peguem. Com a Casta atrás de mim… tudo muda…
O gato castanho abre a sua ferida usando uma de suas unhas afiadas. Tira a cortina branca de cima da grande pedra e passa seu sangue ao centro da pedra. Começa a rogar palavras de origem estranha para o garoto, mas depois de alguns segundos os símbolos já brilhavam e o círculo feito dos mesmos girava. Edwar sente uma pontada de enjoo.

Uma brisa adentra a sala provinda do portal criado. Do outro lado, a imagem do castelo que outrora já os salvara. Sarcoscizor olha aos olhos de Edwar, depois assente perguntando-o estar pronto… O garoto assente em resposta. Ambos se atiram ao portal.


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Obrigado! Espero que tenham gostado e esperem para o próximo capítulo! Comentem, compartilhem e tudo mais ;D

Abraços de Urso de ~L.M.~

2 comentários :

  1. Respostas
    1. Muuuito obrigado Rivaldo. Fico muuito feliz que você gostou! Abraços de Urso!

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