22 de outubro de 2013

Os Letraks - Capítulo 11 - AnaBela

Olá galera! Capítulo 11 dOs Letraks saiu! Espero que gostem. O que vocês acham que vai rolar? Recomendem o blog, comentem e compartilhem no facebook!! Boa Leitura.

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Os Letraks, por Lucas Monteiro

CAPÍTULO 11 – AnaBela

– Ela é um gnomo para estar aqui, nesta dimensão? – quis saber Simon a se referir de AnaBela.
– Não – respondeu ela a rir – ela é uma guardiã das letras, e cuida de algumas coisas nesta região da cidade. Ela faz um papel de “polícia” com os seres.
As pessoas gritavam eufóricas, riam com as diferentes cores neons em suas roupas. Para os meninos que acompanham Lucy, suas cabeças começavam a latejar, a ficar incomodativo.
– Mas como vamos entrar? – perguntou Hariel – estamos com porte de arma branca.
– É para isso que serve a porta dos fundos.
– Mas lá com certeza vai ter seguranças.
– É para isso que serve as armas. – retrucou Lucy séria.
Abruptamente a garota com seu belo vestido viram para a direita, a entrar em um beco. Três pessoas de cócoras no canto depois de alguns metros não notam a presença do quarteto, e elas certamente estariam drogadas, pois sussurravam coisas sobre estarem a ver fadas verdes.
– A “Noite do Neon” está cada vez mais decadente na Rua da Quebra. – observou Lucy.
– Eles estão mesmo vendo fadas verdes? – questionou-se Simon – Eu não as vejo.
– Claro que não, devem estar malucas. – concluiu Hariel.
Passaram pelos seres drogados e deram mais alguns passos até tocarem coma s ma~so em uma grade.
– É só passar por aqui e estaremos a dois passos das portas dos fundos. – sussurrou a garota. – Eu vou primeiro, mas eu proíbo de me verem subir, porque estou usando um vestido!
Os três anuíram e abaixaram seus olhos. Lucy começa a subir usando seu salto em apoio à grade. Depois de atravessar a barreira desce em um pulo até o chão. Vez dos garotos, que não demoraram a atravessar.
– Esta muito chata essa dor de cabeça – expressou Simon a tocar o pé no chão.
– Daqui a pouco passa – deu as costas nuas em seu vestido – e o resultado vai ser surpreendente. Rápido, quero ir à festa.
Viraram para a esquerda e começam a andar em um terreno descuidado, com arbustos e matos que chegavam a seus joelhos. Após passos a frente observavam a luz da cidade refletir na água do mar. Contornaram a estrutura e o som das pessoas alegres misturadas com as batidas da música não combinavam, de fato, com o cheiro de mata que agora sentiam.
– Fiquem aqui que já volto. – pediu Lucy.
Ela sai sorrateiramente se ocultando nos arbustos rumo a uma porta de ferro oxidado. Os três a vem bater na porta. Em seguia, um homenzarrão com roupas formais aparece. Como um leão a atacar sua presa, Lucy pula sobre as costas do homem e envolve seu pescoço com seus braços. A porta se fecha tranquilamente e depois de alguns segundos o homem cai sobre o chão inconsciente.
Ela os chama com um aceno. Os garotos vão correndo como se tivessem visto uma coisa assustadora.
– O que foi? – indignada os analisou – Não se fazem mais homens como antigamente!
– Tudo bem, mas e agora? – quis saber Ilan tenso – Vamos deixar ele aqui?
– Não. – ela procura com seus olhos em seu redor. Acha ao chão, envolvidas por capim, correntes enferrujadas. – Usaremos isto. – apontou para o solo. – E vamos colocar ele naquele armário velho – apontou novamente, mas para seu outro lado.
A música era abafada, contudo ainda alta como os gritos das pessoas a dançar dentro da boate.
Depois de feito o planejado o quarteto abre a porta enferrujada com cautela, a visão que tinham era uma parede cheia de fios desde o chão, rodos pendurados e outros materiais de limpeza.
Lucy anui com a cabeça a expressar para segui-la. A porta se fecha nas costas de Simon e a música ensurdecedora tremia seus pulmões. Seguem-na em um corredor escuro até finalmente chegarem a uma escada de poucos degraus longos que iam até a pista de dança.
– Bem… estamos dentro, garotos. Peguem seus copos de plástico e vamos arrasar!
– Você percebeu que não estamos com roupa neon como a maioria? – observou Ilan.
– As diferenças entre nós é que nos faz especiais. – riu Lucy a encher o seu copo com um líquido verde fluorescente. – To vendo que vou urinar neon hoje. – brincou a rir.
Os garotos sem intender dão de ombros e se juntam, com receio, a Lucy. Por alguns minutos desfrutam da música dançante. As luzes eram todas coloridas, a fumaça inundava seus sentidos, o cheiro, a sensação da música entrando em seus ouvidos era deliciosa.
– Eu sabia que iriam curtir essa vibe. – Lucy ergueu os braços com seu copo. – Ai que delícia sair um pouco daquela biblioteca. Mas agora temos que nos concentrar na missão.
– Ah, mas estava tão bom. – disse Hariel.
– Vamos falar com a dona! – falou a garota a colocar uma mecha de seu cabelo atrás de uma orelha.
– Para quê? Dizer que a festa está boa? – quis saber Ilan.
– Claro que não. Veremos se aquela macaca albina está aqui. Vamos meus amores.
“Meus amores? Ela tinha razão: vai urinar neon pelo tanto que bebeu” – pensou Simon cômico.
Lucy começou a andar rumo a uma escada de metal, porém virou rapidamente ao ver o segurança.
– Droga, claro que iria ter seguranças para ir à sala da dona. – resmungou a moça a colocar suas mãos na cintura. – É o seguinte garotos: eu vou ao banheiro e vocês ficam aqui, como se estivessem curtindo a festa, tudo bem?
– Mas o que você vai fazer lá Lucy? Retocar a maquiagem? – Hariel curva as sobrancelhas em modo desentendido – Você poderia fazer aquele golpe novamente neste guarda.
– Ah, claro! – expressou sarcástica – e sermos presos no mesmo instante. Esperem, estou pensando em alguma coisa.
Lucy começa a andar rumo ao banheiro feminino que ficava do lado esquerdo da escada. Os rapazes ficaram onde estavam: do lado direito de um pilar quadrado de cor preta onde não tinha muitas pessoas. Eles viam a sua companheira serpenteando no meio das pessoas. Simon e Hariel se olham sem saber o que fazer.
Já Lucy, depois de vencer uma guerra para conseguir passar entre as pessoas, chega à porta do banheiro. Dentro do mesmo o som da música era abafado, ela vai frente ao espelho, coloca sua bolsa sobre o balcão e pega dentro da mesma um batom vermelho. A passar em seus lábios o vermelho, ela observa pelo espelho duas meninas entrar uma atrás da outra. Aparentemente ambas não se conheciam, porque a última fez uma careta quando ela viu o sapado da outra.
“É com essas que eu vou aprontar” – pensou Lucy a guardar o seu batom.
Ambas as mulheres vão em direção ao espelho e Lucy fica apenas observando. Quando elas param em frente aos seus reflexos, a guardiã das letras faz seus passos soarem leves no piso branco. De sua bolsa Lucy pega cuidadosamente um grampo do tamanho de uma palma. Ajustou sua mira e atirou na única luminária do teto. O local fica todo escuro e rapidamente Lucy vai perto de uma das mulheres e puxa bruscamente os cabelos dela. Faz igualmente com a outra.
A de cabelos loiros da um tapa no ar sem saber o que estava acontecendo, já a morena, que agora estava sendo atacada pela Lucy do mesmo modo que a outra, começa a gritar pelo tapa levado. A Guardiã da um passo para trás e ambas as mulheres começam a se estapear.
“Que ridículo. Nunca foi tão fácil fazer duas malucas brigarem. Agora é a minha chance”.
Rapidamente Lucy sai do banheiro enquanto as duas ainda se atracavam aos berros e xingamentos. Usa de sua flexibilidade e agilidade para se esgueirar entre as pessoas e chegar o quanto antes até o segurança da escada.
– Socorro! – pediu Lucy ao segurança – Têm duas mulheres brigando no banheiro, elas já quebraram quase tudo!
Lucy usa sua cara mais preocupada possível.
“Boa atriz ela seria” – pensou Ilan a observar ao longe.
O segurança trajando uma roupa de gala, com cabelos longos e amarrados ao centro da cabeça sai a bufar de raiva. Lucy acena com a cabeça para os meninos já a observando e sem demora os mesmo se aproximam.
– O que você fez? – quis saber Simon.
– Fui retocar o meu batom – sorriu e depois piscou – Não temos muitos segundos até que tudo esteja resolvido. Vamos.
Eles sobem as escadas com cautela, pois certamente faria um escândalo caso a usassem eufóricos. A chegar ao topo os quatro abrem uma porta dupla. As luzes ainda rodopiavam e dançavam conforme a música. A fumaça branca foi novamente liberada encobrindo a maior parte das pessoas a dançar.
As portas abanavam depois que todos já tinham passado. Estavam em um corredor com as paredes pretas, assim como as da pista. No teto uma luz tênue e vermelha.
– Se alguém da segurança nos viu subir vamos ter problemas. – preocupou-se Lucy já a andar se distanciando da porta.
– A fumaça nos deu alguma chance de isso não acontecer. – aliviado, Simon murmurou.
– Menos mal. – sussurrou Hariel. – Mas pelo menos você sabe onde fica a sala dela?
– Claro que sei… – Lucy pensativa, esperou alguns segundos – eu acho que sei…
Ela pressiona suas costas na parede escura quando o corredor dobra para a esquerda. Coloca uma mão em sua bolsa e tira um pequeno espelho. Lucy fica de cócoras e usa o espelho para avistar alguma hostilidade a frente.
– Temos um segurança guardando a entrada da sala. Droga! – sussurrou.
– Isso tá parecendo uma missão daqueles filmes. – Ilan coloca sua mão na cabeça, a dor tinha levemente acalmado, contudo coisas esquisitas começam a acontecer em sua mente.
– Estou tentando desvendar porque está confuso – começou Hariel – mas acho que estou lembrando algumas memorias que não são minhas.
– Bem na hora! – sorriu Lucy.
A moça coloca o espelho em sua bolsa novamente e da mesma tira uma sarabatana fina e preta.
– Na sua bolsa cabe um caminhão também? – zombou Ilan.
Lucy apenas fez uma careta e virou-se para mirar no segurança. Colocou seus lábios vermelhos no instrumento negro e assoprou com toda a sua vontade. Um dardo negro rasgou o ar e acertou na porta ao lado do segurança. Com um pulo o homem observou o que tinha feito aquele barulho depois de raciocinar com alguns segundos virou sua face para o corredor.
– Porcaria! – praguejou a moça se virando para os meninos – Tudo por culpa daquela merda de bebida neon.
– Você errou? – perguntou Ilan.
Lucy assentiu com os lábios a se contorcer levemente.
– Oh Santa Edivirges! – orou Hariel de zombaria – O que faremos agora?
O segurança vestindo roupa escura assim como os outros avança sobre o corredor com os passos largos e com os punhos cerrados. Virou o corredor com rapidez e viu quatro figuras agachadas na beira da parede.
– Olá! Tudo bem moço bonito? – perguntou Lucy com naturalidade.
– O que vo…
Lucy, com seu sapato alto, bate na face do homem que cambaleia para trás desorientado.
“Se eu errar dessa distância eu juro que vou tomar leite de marmota”. – desafiou-se a envolver seus dedos na sarabatana negra.
Sem dificuldades, Lucy acerta em cheio um dardo no pescoço do homem que cai com seus membros já flácidos.
– Dormiu o bebê! – brincou Lucy jogando um beijo com as mãos para o segurança no chão. – Hariel e Ilan: tire o bebê de vista.
“Sorte que acertei, odiaria tomar leite de qualquer tipo de animal”.
Os dois rapazes, que ainda não se relacionavam bem, pegam o grandalhão pelos braços e o colocam em um quarto pequeno logo mais a frente, no corredor que dá para a sala da dona.
– Bebê?! – indignou-se Hariel – Aquilo parecia mais uma mortadela que ficou dez anos se exercitando!
Lucy riu baixinho.
– Olhem para mim agora. – encostou sua mão com as unhas coloridas na porta da sala da dona – Eu vou entrar sozinha e caso alguma coisa der errado… vocês saberão o que fazer.
– Tudo bem. – Mas acho que essa que seria a parte mais “missão delirante” de hoje. – resmungou Ilan.
– Chega de choramingar, Ilan! – gesticulou as mãos com desdém – Vou entrar… 1… 2… 3…


O ferimento do braço de Sarcoscizor já começara a sarar. As pessoas com roupas todas coloridas passavam nos lados dos dois.
– Segure a minha pata. – ordenou o gato a mexer seu bigode. – Essas pessoas pensam que eu, por estar usando uma roupa branca, sou um podre desalmado. Já ti, estais com roupas mais coloridas.
Edwar surpreso pega na pata macia do gato.
– Estamos na rua chamada “Seda de Relz”. A mais movimentada de toda a cidade. – proferiu a coordenar os movimentos do garoto – Relz foi o primeiro rei de Gorleryn e ele construiu essa rua. Para inaugurá-la usou fitas de seda e desde esse dia a rua se chama assim.
Andaram por mais alguns minutos rumo à rua acima.
– Estais lá! – apontou Sarcoscizor para o alto. – O Templo de Kjakari.
– Eu já a estava vendo há muito tempo, senhor.
– Oras, então deves me colocar em suas costas, Edwar. Para maior eficácia em nossa movimentação.
O felino é envolvido pelos braços do garoto. Com habilidade o mestre senta sobre um dos ombros de Edwar.
– Excelente, agora podereis ver o horizonte um pouco mais longínquo. – torceu os lábios negros – Direcione-se para o templo de Kjakari.
Aproximando-se, a estrutura do santuário ficava maior. O gato coloca uma de suas patas na cabeça de Edwar e começa os seus ensinamentos:
– Kjakari é o deus todo poderoso das pessoas que vos observais. Os Gorleryanos acreditam que o mundo existia, mas totalmente sem existência de inteligência e cores. Kjakari surgiu e inundou o mundo com cores, e delas elas, a inteligência brotou dos humanos e animais.
Para Edwar o sol estava escaldante, a somar com o esforço extra para carregar o felino em seu ombro.
O gato observa o céu azul, com algumas nuvens que parecia um véu. Os pássaros voam de forma padronizada.
O grande portão duplo do templo estava semiaberto, o garoto passa por uma cerca decorada com losangos de asas abertas.
– Entre. – Indicou o gato.
Edwar coloca sua mão direita no portão aquecido pelo sol. Com receio, da um passo para dentro da estrutura. As janelas eram feitas com vários tipos de vidros e cores. A luz penetrava no altar, chocando-se com as estátuas de homens de túnicas.
O templo estava com metade de sua capacidade cheia, pessoas salpicando-a. Sarcoscizor, com um pulo, desce e começa a andar. Edwar, distraído, fica observando o teto e as paredes do templo, mas quando vê que o gato se movia já à sua frente o menino esforçasse para alcança-lo.
Do lado esquerdo do altar, uma porta. Passagem onde sai um ser vestindo uma túnica branca com capuz. Sarcoscizor vê a pessoa de costas já a manusear alguma coisa sobre o altar. O felino aperta os seus passos com anseio em chegar perto do ser.
As pessoas a rezar ajoelhadas começam a cantar em coral uma música, contudo, apenas se ouvia murmúrios.
O gato para em alguns passos atrás do ser a gesticular no altar.
– Dos ratos às águias, – começou Sarcoscizor com as suas mãos entrelaçadas nas costas – do solo ao universo: Casta de Karnaban!
Abruptamente a pessoa de túnica gira seus calcanhares e vê, expressando espanto a face séria do felino. Era um homem de olhos e cabelos castanhos. O rapaz se apressa a entrar novamente na porta em que havia passado.
– O que você disse para assustá-lo daquele modo?
– Ele deve ser novo aqui, Edwar. Pessoas como ele não veem com frequência alguém da Casta.
Depois de uns poucos minutos uma mulher vestindo um jaleco entra na visão dos recém-chegados.
– Poucos Descastas vêm até a Casta novamente. – disse a mulher com um tom e voz rígido como aço frio. – O que fazeis aqui Descasta?
– Tenho uma mensagem para a Casta. É importante como o sol nascente.
– Como sabereis se és confiável?
– Podereis cortar minhas linhas da alma caso mentir.
A mulher ergue uma sobrancelha de modo pensativo e surpresa.
– Vos deveis me seguir. – ordenou a mulher a ir em direção à porta que outrora saíra.
Ambos os chegados obedecem sem demora. Cruzam um corredor de pedra. Depois de duas esquerdas, uma escada em espiral se entende à frente dos três. Os passos secos da moça na escada ecoam pelo recinto, seguidos por mais marchas. Após várias voltas levando-os para mais fundo no subsolo, conversas tênues já se escutavam.
O teto era alto e o mesmo era sustentado por estátuas iguais as do solo do templo, mas de estatura maior. Em frente, uma escada de mesas, onde pessoas, a usar os mesmos jalecos brancos, conversavam e escreviam sobre a luz de pedras cintilantes amarelas. A estrutura era um semicírculo, e ao centro desse, uma cadeira enfeitada usada por um homem de cabelos prateados e longos.
A entrada da mulher produz passos altos canalizando a atenção e todos. Um silêncio ocorreu subitamente. Os olhos das pessoas enojadas se dirigiam ao gato.
– Por Karnaban, Dalian! – berrou o homem na cadeira grandiosa – o que um Descastas faz aqui?
O silêncio continua. Apenas se ouvia os passos e os tênues sons produzidos pelas vibrações das pedras luminosas. Dalian chega a alguns passos do centro do semicírculo junto com o felino e o garoto.
– Meu senhor. Estes dizem que trazem uma mensagem importante como o sol nascente. – respondeu a mulher a gesticular com as mãos de modo gracioso.
A face furiosa do homem se suaviza para de uma cautelosa.
– Este é Sarcoscizor? – murmurou alguém das mesas.
Os olhos de Edwar se passavam de um lado ao outro, vendo como a presença de seu companheiro felino afetava as pessoas que ali estavam. “O que está acontecendo?” – pensou ele. O garoto volta seu olhar para a região do murmúrio que outrora foi soado, e vê um gato humanoide de pelos negros. Um dos dois gatos que viu nas mesas.
– Digas, rapidamente então, – discorreu o homem de cabelos prateados – pois estais a sujar a Casta com seu toque desonroso.
Edwar observa na parede atrás do homem um sol talhado com seus raios a formar uma estrela de oito pontas; no centro, uma protuberância que formava uma lua minguante semelhante ao formato de um sorriso.
– Gigante Branco! – pronunciou Sarcoscizor com voz forte – Notícias de sua prole.
– Está a me ofender, seu Descastas? – retrucou furioso – Minha descendência está na cidade a promover comércio.
O gato dá um pequeno passo para trás.
– Não estou a falar de sua filha, Hiregen.
Murmúrios começam a soar, e algumas perguntas dos mesmos a se captar: “Quem é aquele garoto?”, “Será que ele está a dizer de Rígel?”, “O que ele faz aqui?”.
Usando seu braço, Hiregen gesticula a gerar novamente silêncio.
– Meu filho? – franziu o cenho – Tu treinaste-o e ensinaste-o magia de sangue. Agora isto? Por sua maldita atitude tive que expulsar minha própria prole desta dimensão! – berrou.
– Remoo esta culpa todos os dias, senhor. – abaixou a cabeça com receio – Botaste um bloqueio em minha memória e a de Rígel após a nossa centena, não lembro muitas coisas, contudo, ele entrou novamente para esta dimensão a usar a fenda das Ilhas Perdidas.
Expressões de surpresa ressoam.
– Estais a mentir seu Descastas!
– Presumo que não correria o risco de vir aqui e ser sentenciado outra vez caso esta informação fosse irrelevante.
Mais cochichos se ecoaram, mas cessaram quando Sarcoscizor voltou a dialogar.
– Tivemos uma batalha com Rígel e seu grupo em frente ao castelo. Quase perdemos, por conta de sua prole quase invocar Bael.
Por alguns segundos, Hiregen ficou pensativo enquanto escutava as pessoas sussurrarem. Quando, abruptamente, sua face se contraiu após relembrar do conhecimento quase esquecido.
– Estais a julgar que meu filho usou Goécia? NUNCA! – vociferou – Magia de sangue é pura em comparação com essa!
– Eu tinha certeza que irias duvidar. Por conta disso, trouxe este garoto.
Edwar deu um passo para frente, a ficar de lado com Sarcoscizor.
– Coloque-o no círculo da alma. – sugeriu confiantemente o felino a tocar no braço do menino – Esta é minha prova!


Na sala havia duas cadeiras de costas para Lucy. A mobília era toda branca, assim como o piso e as paredes. Uma música clássica soava no ambiente de luz tênue.
– Uma intrusa – soou lentamente uma voz tranquila. – ou devo chamá-la de Kastemyra?
No apoio da cadeira da esquerda, via-se uma mão de pele pálida a segurar uma taça com líquido branco.
– Você sabia que eu viria e ainda deixou sua boate com poucos seguranças reforçados?
– Eu tinha em mente que você seria mais educada, minha querida. – a voz doce e calma provém da esquerda. – Por que minar minha boate com seguranças se eu saberia aonde a senhorita viria? – um som de estalar de dedos soa.
De uma porta ao lado das cadeiras entra seguranças a cerrar espadas, marretas ou machados.
– Acho que você veio muito mal preparada, Kastemyra.
– Diga isso aos meninos, queridinha. – zombou.
Lucy estala os dedos e um silêncio se propaga por alguns segundos. Ela estala novamente, mas nada acontece.
– Ei seus bestas! – berrou Lucy sobre seus ombros – Entrem!
– Ah tá! – falou um Ilan a chutar a porta que Lucy passara.
– Resolva essa sincronização. – a pessoa a bebericar levanta-se. – Usou humanos desta dimensão? Você não sabe usufruir de um sistema capitalista.
A mulher, com o cálice, vira-se. A mesma usava um vestido branco, seus olhos eram azuis e cabelos brancos. Sua pele tinha totalmente ausência de melanina.
– Você é AnaBela? – perguntou Hariel a observá-la.
Em resposta, a mesma apenas sorriu. Depois a mulher albina olhou para Lucy.
– Certamente veio me interrogar. Saber do paradeiro de Sarcoscizor!
– Sarcoscizor? – pronunciou a pegar uma espada com lâmina fina de sua bolsa. – Vim saber se você traiu a Casta ajudando Rígel a entrar novamente para Karnaban.
– Rígel? – franziu o seu cenho branco. – Eu ajudei Sarcoscizor, não Rígel.
Os seguranças deram um passo, mas o silêncio permaneceu.
– Aquele que você ajudou não era quem você pensava que fosse. – disse Lucy relutante. – Oh céus. Rígel usou a forma do meu Mestre para te persuadir.
Ambas estáticas e surpresas abriram a boca de leve.
– Você foi enganada Ana! – Lucy girou indo embora – temos que voltar meninos.
A mulher pálida começou a muxoxar e com seu dedo indicador indicava negação.
– Pode ser que fui enganada, mas você certamente iria ir correndo contar a Casta que ajudei alguém a sair de seu confinamento. Isso me renderia algumas espadas em minha bunda.
Lucy olha para os meninos que ainda não tinham se virado, e lentamente, volta a fitar a face da mulher pálida.
– Eu não vou pagar esses seguranças sem fazerem seus serviços. Muito menos te deixar sair. Guardas! – chamou a atenção – Mate-os. Só cuidem para não quebrar muita coisa. Com exceção ao corpo desses aí! – apontou com desdém para o quarteto.
Um fragmento de lembrança percorre a mente de Hariel, uma memória de estar em um gramado a treinar socos em uma árvore. “Ma… mas o que foi isso? Isto não foi uma lembrança minha”.
Diversas imagens rápidas começaram a rodar nas mentes dos três meninos, pareceu percorrer minutos em poucos segundos.
– Vão ficar com essas caras de bobos? – indagou Lucy a brandir sua espada contra a do segurança. – Preciso de ajuda.
Rapidamente os meninos voltam a se concentrar. Pegam suas armas que outrora tinham escondido e avançam contra os homenzarrões.
– Depois é a sua vez Ana! – vociferou Lucy a bater com o punho de sua espada na cabeça de um segurança.
– Ana? – indagou Simon a se esquivar instintivamente de um ataque.
– Bela! – chamou a moça pálida. – Eles querem te conhecer. Por que não vai brincar com eles também? – riu sarcasticamente.
Da cadeira do lado direito, outro ser totalmente branco se levanta, uma mulher idêntica a Ana. A sua irmã gêmea chamada Bela.
– Se quiser usar “aquilo”, pode usar! – propôs Ana a sorrir malignamente a fitar o quarteto lutar.
Dos olhos de Bela, um líquido preto começa a jorrar. Lágrimas negras. Ambos seus olhos azuis ficam brancos e suas escleras obscurecem. Um pequeno tremor começa a ser exercido. O líquido escorre por todo o vestido branco de Bela. As veias na face da mesma começam a ficar mais escuras e salientes. E seus lábios se contorciam com batom negro como a cor de carvão.
Bela estenda a mão em direção ao quarteto e uma onda psíquica é jogada contra o grupo a combater os seguranças. Os quatro intrusos mais os seus oponentes são jogados contra a parede. Levantam-se rapidamente, contudo, um pouco atordoados.
Lucy, contudo, observa na palma da mão de Bela um símbolo triangular abaixo de uma lua tribal. “Mas o que é isso?” – se questionou ela. – “Nunca vi uma coisa dessas, como pode um guardião das letras usar suas habilidades aqui?”.



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Obrigado! Espero que tenham gostado e esperem para o próximo capítulo! Comentem, compartilhem e tudo mais ;D
Abraços de Urso de ~L.M.~

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