Olá galera! Sou Lucas Monteiro e este é o terceiro capítulo da crônica: "Os Letraks". Espero que gostem deste capítulo. Peço novamente que comentem o que acharam nos comentários lá em baixo da página, compartilhem com seus amigos e é claro, fiquem ansiosos para o capítulo 4.
Boa Leitura!
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CAPÍTULO
3 – A Carta Para Hariel
Os quatro
rapazes estavam em uma sala seguinte a que outrora pisavam. Nas paredes ao
redor, tinham pendurados panos azuis, e do lado destes, seis portas se
intercalando entre os panos. Passos apressados na direção deles ressoam nos pisos
de pedra.
“Credo, o que aconteceu com o braço dela? Aquele
demônio fez isso?”.
– Agora vamos
dormir – ordenou Kastemyra com a manga esquerda da túnica branca rasgada. –
amanhã nos falamos de novo, agora preciso me retirar, estou ferida.
Marcas de garras
foram deixadas no braço da moça, três profundos cortes com quase 15 cm de
extensão. Músculos golpeados
– Mas e você? –
perguntou Simon com um tom preocupação. – Não precisa de ajuda?
Kastemyra
balança a cabeça.
– Ficarei bem
garotos, só vou me retirar alguns minutos para colocar uma proteção mais forte
nos arredores e depois irei me tratar. – o sangue vertia, e ao chão, pingava a
cada segundo, uma nova gota vermelha.
Ela se retira
com um sorriso forçado no rosto, de costas ao longe, Kastemyra coloca sobre a
grave ferida sua mão direita. Alguns segundos de silêncio desconfortante
transcorrem.
– E agora? –
perguntou Simon se abraçando – o que vamos fazer? Passar a noite aqui?
“Minha mãe vai me matar se isso acontecer!”.
– Eu não quero
ficar aqui – retrucou Ilan com o cenho franzido – eu vou tentar achar
alternativas para nos livrarmos desta dimensão.
– Pela primeira
vez – enticou Edwar – ouço alguma coisa que não seja merda vindo do tiozinho.
– TIOZINHO? –
berrou Ilan – Eu tenho nome, seu bastardo. Sou Ilan Clemons. – disse a dar
passos para o lado oposto da entrada da sala.
– Eu vou dormir
– bocejou Hariel a ir em direção a uma das portas.
– Mas… mas… não
vão sentir sua falta, Hari? – questionou Simon.
– Não. – abriu a
porta e ficou parado a olhar o garoto de cabelos negros, que agora, ganharam um
tom de azul.
Simon morde os
lábios e relaxa seus ombros.
– Está bem,
vamos passar essa noite aqui.
“Eu vou ficar sozinho?” – Ilan passa no
corredor rapidamente. – “Os pervertidos
ou o tiozinho?” – Se perguntava com um dedo na boca – “Qualquer um deles é a pior opção”. – Edwar sorri e segue os passos
de Ilan.
A porta se
fecha, no quarto, nos lados opostos das paredes uma cama de casal e um beliche.
– A ultima coisa
que lembro foi de estar medindo as prateleiras por volta de umas cinco horas da
tarde – disse Hariel a tirar seu cinto – e eu acordo nesse mundo, seja lá o que
for, a noite.
– Droga –
resmungou Simon sentado na cama baixa do beliche. – eu ainda estava no
expediente, meu chefe vai me despedir. – com suas mãos entre as pernas e seus
olhos baixos, lamentou.
– Ganhou muitas
gorjetas? – sem olhar para o garoto, Hariel sorri a tirar os seus sapatos.
– Não muitas –
começou a balançar as pernas – ser garçom naquele restaurante só está me
estressando.
– Por quê? –
questionou a tirar a regata preta – você disse que gostava.
– Até um tempo
atrás. – respondeu com um ar triste – até chegar correspondências.
Hariel calado
olha fixamente para Simon.
– Você quer
conversar sobre aquilo? – perguntou o rapaz a dar passos até a frente de Simon.
Hariel coloca as mãos apoiadas na cintura e torce os lábios.
– Obvio que sim.
– Você sabe que
eu gosto muito de você. – Hariel leva a mão direita até sua cabeça.
Simon não
interage, seus dedos polegares, sobre as pernas, rodopiava um ao redor do
outro. Hariel se agacha na frente dele e se apoia com os cotovelos nas pernas
do mesmo.
– Olhe nos meus olhos! – ela sussurra e
seus cabelos a tocar ao chão.
Eles se entreolham.
– Eu também
gosto de você – falou Simon apoiando ambas as mãos na cama. – Só não gostei que
aquela garota escrevesse uma carta se declarando para você.
– A Mary é minha
amiga há muitos anos, Simon. Nunca pensei que ela teria aqueles sentimentos por
mim. – Hariel se levanta e pega em um dos braços de Simon para puxa-lo. – E
quem deu permissão para mexer nas minhas coisas?
– Be… Bem… A
carta estava sobre a mesa do nosso quarto, se você quisesse esconder ela de mim
deveria pensar em um esconderijo melhor.
Hariel abraça
forte Simon. Por alguns centímetros, Simon era menor que ele.
– Você é muito – deu ênfase – ciumento, sabia? –
ele contou olhando para a franja do garoto.
– Só não quero
ser traído. – retrucou o garoto a abaixar a cabeça.
– Você não vai.
Hariel leva
Simon até a frente da cama de casal e joga-o na mesma, seus longos cabelos
dançavam quando ele imobiliza as mãos de Simon contra a cama e ficava de
joelhos apoiados na maciez do colchão.
– Você é meu, apenas meu, e eu, – sussurrou
a sorrir olhando para as feições do garoto – sempre vou ser apenas teu!
Simon abaixa o
olhar e sorri. Hariel, lentamente se abaixava ao encontro dos lábios do garoto.
– Para! – ordena
antes de se tocarem – ainda estou chateado com você. Não sei se posso confiar
em você, você me confunde e me deixa com um sentimento ruim.
– Quer dizer que
você está querendo acabar com tudo?
“Divino, tão confuso quanto um cachorro correndo
atrás do próprio rabo” – pensa Simon. “O
que eu digo para ele? Não estou mais feliz ao lado dele, me sinto como se eu
necessitasse ficar longe dele, mas ao mesmo tempo eu o preciso”.
– N… não! – fez
uma pausa para olhar em seu lado e pensar – Na verdade não sei bem.
Hariel se deita
ao lado de Simon, o rapaz de longos cabelos azulados olha para o teto com as
mãos entrelaçadas sobre a barriga nua.
– Sabe Hari, eu
não estou tão feliz como antes, acho que o nosso relacionamento está esfriando.
– expressou Simon a rolar de lado, ficando com a sua costa para Hariel.
– Tudo bem –
falou o rapaz a levantar-se – vou dormir no beliche.
– Não – Simon o interrompe
pegando no braço do mesmo. – Quero que durma comigo.
– Você acabou de
dizer que não quer mais nada comigo, Simon!
– Mas nós podemos
mudar e concertar o que está gastado, você não acha? – sugestionou Simon com um
nó na garganta, em seus lindos olhos azuis, um brilho começava a emanar.
Ambos se deitam de
lado abaixo das cobertas de cores marrons e amarelados. Hariel envolve em seus
braços o peito do garoto, depois o puxa para ele. A boca de Hariel estava na
orelha de Simon. Alguns segundos de silêncio esmagador deixam o garoto de
cabelos curtos emotivo.
– O que eu vou
fazer sem você? – perguntou Hariel à Simon com um nó na garganta –Você não iria ser o meu Sol todas os dias, o
meu vento todas as tardes, a minha lua todas as noites? – sussurrou com o
vapor quente de sua boca tocar na orelha de Simon – “O fogo do meu coração é
quente por ti, meu herói, meu rei”. Não era isso que você sempre me falava?
Simon leva o
dorso de sua mão em seus olhos lacrimejados.
– Não queria
perder você, nunca! – continuou Hariel – quero fazer ainda vários outros
piqueniques na Praça da Aurora, apostar com você aquelas corridas em um dia de chuva,
rir olhando nos seus olhos. – pigarreou a tentar retirar o nó na garganta.
Esperou alguns segundos e continuou – Tomar aquele café que nem o super-homem
conseguiria tomar, o que você tanto adora. Continuar batendo na sua boca para
tentar fazer você parar de roer as unhas. – sorriu.
– Para. – pediu
Simon a enxugar as lágrimas no dorso da mão – Isso vai continuar acontecendo,
não quero que você desista de tudo, porque eu ainda quero você sempre ao meu
lado, meu herói, meu rei.
Hariel vira
Simon com seus braços. Ambos se olham no fundo dos olhos.
– Então pare de
chorar – sussurrou Hariel a sorrir.
O rapaz de
cabelos longos beija a testa do jovem.
– Sabe o que eu
mais gosto em você? – perguntou Simon.
– Que eu consigo
ficar vesgo? – sorriu com seu olhar baixo.
– Não – riu –
você é especial, sempre vê as coisas pelo lado positivo, é calmo…
– E você sempre
foi estourado – interrompeu. – E porque você fez aquilo com o Ilan?
Hariel beija
Simon suavemente de surpresa. Seus corpos estavam quentes como uma chama em
vasta combustão. Os corações pulsavam com a emoção.
– Eu te amo, meu lindo – sussurrou Hariel
a passar sua mão na face de Simon. – Só não queria que ele zombasse de nós.
– Existem formas
melhores de se fazer isso, você sabe que não gosto de ficar brigando. – franziu
o cenho – E se ficarmos presos aqui por alguns dias? Já pensou?
Hariel faz de
seus lábios uma fina linha.
– Tá – concordou
suavemente – me desculpe. Você é novo, mas é mais sábio do que eu que sou mais
velho.
– Promete não
fazer mais?
Hariel assente
com a cabeça.
– Sempre abra a
mente antes da boca. – falou o garoto com sua franja do lado.
Simon passa suas
delicadas e macias mãos no peito do rapaz. Ambos deitados se olhavam, a admirar
um ao outro, como se fosse o ultimo dia de suas vidas, se tudo, de agora em
diante mudasse, se tudo acabasse, mas Simon sabia que isso não ia acontecer,
eles queriam viver juntos, por um bom tempo, se amarem, brigarem, rirem, todas
as coisas que faz de suas vidas ainda mais vívida.
– Você é o
melhor namorado que eu podia ter, sabia? – Hariel sorriu a dizer. – Às vezes me
questiono se eu merecia você.
O tórax de
Hariel era modelado com seus músculos, uma pele macia e branca, seus lábios se
tocavam como algodões, neles, todos os sentimentos depositados. A mão de Simon
deslizava no peito nu de Hariel, a cada beijo dado sua mão movia-se para mais
perto do cinto do rapaz.
A mão de seu
parceiro o envolvia, pressionando-o para perto dele. Beijavam-se calorosamente
com suas mentes vazias de preocupações. Hariel, com auxilio de seus pés,
moveu-se para dei baixo das cobertas enquanto Simon fechava seus olhos. Um
ressoar abafado de zíper se abrindo é lançado ao ar. Abaixo das cobertas os
longos cabelos repousavam no colchão um pouco já velho. Simon tem suas calças
retiradas, e Hariel usava seus lábios para fins de prazer a ambos. O garoto,
com sua franja nas pálpebras, abria levemente sua boca a expressar extremo
deleite e excitação com o suave tocar em seu corpo. Simon tem suas bochechas
enrubescidas, suas sobrancelhas arqueadas para cima e aos poucos gemia a
sussurrar. Depois de alguns minutos Hariel volta a sua posição original.
– Sabia que você
ia gostar disso.
– Seu bobo. –
Simon retrucou a sorrir com as bochechas roseadas.
Hariel se
aproxima ainda mais de Simon, fazendo o garoto sentir o cheiro delicado e
masculino de seu perfume. Carinhosamente acaricia os cabelos de Simon com sua
mão enquanto beija com seus lábios macios o pescoço. Os pelos do garoto se
eriçam, e ele produz um suspiro profundo seguido de um baixo gemido. A mão de
Hariel passa nas bochechas enrubescidas rumo ao peito de Simon, lentamente,
botão por botão era aberto, até tirar totalmente a camisa do garoto. O cheiro
excitante penetrava nos sentimentos, a língua delicada do rapaz passava sobre a
derme eriçada, sua mão sentia as ondulações do corpo de Simon. Respirações
profundas e em alguns momentos ofegantes, os pés desnudos do garoto com a
franja aos olhos, se esfregavam entre si, cada vez mais intensos. Simon sentia
um calor a circular como um fogo bruxuleante em seu corpo.
Os lábios
molhados de Hariel tocam aos de Simon novamente. A mão direita do garoto ia em
direção à cintura de Hariel.
– Você é um pedaço de mim. – sussurrou o
rapaz a tirar os dois finos ferros que deixavam seus cabelos presos – Se o nosso amor é tragédia, por que você é
meu remédio? Se o nosso amor é insano, por que você é minha claridade? – O
calor das palavras infiltrava nos ouvidos de Simon, fazendo-o arranhar
levemente, com os olhos fechados, as costas de Hariel.
Ambos se tocavam
e sentiam a pele quente roçar.
Hariel ainda a beijar
Simon, pega a perna esquerda do garoto e coloca-a sobre as dele. Em movimentos
rítmicos se deixavam levar pelo instinto.
– Quero me afogar em você – sussurrava
enquanto seu longo cabelo dançava nas cobertas – porque isso me faz esquecer de todo o senso comum.
Com suavidade e
lentidão, Simon sentia a cada minuto, Hariel lhe preenchendo. O garoto dava
leves puxões duradouros nos cabelos de Hariel a movimentar-se. O ritmo ia se
intensificando enquanto o rapaz mordia levemente o pescoço de Simon.
Minutos se
passam e ambos chegam ao êxtase, ainda ofegantes, se abraçam a fechar os olhos
para enfim dormir, pois amanhã o dia poderia ser de uma atmosfera tensa.
"Ficaremos presos nessa dimensão por quanto mais
tempo?”
– pensou Hariel em seu ultimo momento antes de cair aos encantos dos sonhos.
Os Personagens: (clique para ampliar)
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Espero que tenham gostado, um amigo meu me ajudou quanto na criatividade e agradeço à ele. Se gostou comente ali em baixo (^-^)! Se você não reparou, nesse capítulo teve um egg easter, e este é uma letra de uma música. Quem char comenta o nome dela o.k.?
Obrigado e nos vemos no próximo capítulo!
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