13 de agosto de 2013

O Descendente dos Dragões - Prólogo

Olá Galera! Trago aqui uma amostrinha com a minha estória mais velha que Os Letraks: O Descendente dos Dragões! Dê um lidinha nesse Prólogo e comente o que você achou, pois continuarei postando apenas se der um bom resultado, ok? Abraços e Boa Leiitura!



Prólogo

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O Descendente dos Dragões

P
                        rimeiro só havia ESCURIDÃO, frio e silêncio, quando a LUZ nasceu e tudo estava iluminado, mais QUATRO foram criados, desde então, estes cinco guardam a sua realidade designada.
Antes mesmo de a luz iluminar a escuridão, uma profecia já reinava: Quando as quatro batidas soar, o fim será fecundado, a torre cairá, as luas serão devoradas pelos dragões de almas negras e os caninos serão quebrados.
Muitas heras são completadas, guerras batalhadas, amores vividos, e os deuses ainda continuam a proteger suas realidades. As águas rolavam conforme as curvas das terras, os pássaros a cantarolar com sincronia, os cumes das montanhas a congelar cada planta que ali tentava nascer.
Uma noite tão escura e tão fria quanto os olhos do ser que dava largas passadas na neve. Na floresta era ainda mais escuro, não tinha o vento para açoitar agressivamente a pele da face, mas mesmo assim, ouviam-se os uivos do entrepassar nas montanhas.
– Onde você acha que ele se escondeu aquele maldito feiticeiro? – perguntou um homem de barbas largas e cinzentas que caminhava ao lado de um homem baixinho.
– Dizem que feiticeiros podem ficar da cor do vento!
Ambos seguram tochas que bruxuleavam a cada passo dados, estavam com medo, mas não o demonstravam. Sentiam frio, mas não se queixavam. Apenas queriam achar um feiticeiro.
– Vamos por aqui! – apontou o homem maior ao noroeste vendo alguns passos afundados na neve.
– Aquele maldito vai pagar pelo que fez! Pelos Dragões!
– Se acalme meu amigo, ele pagará! – afirmou o grande homem fitando o mais baixo com a espada desembainhada.
Com músculos relaxados e mentes limpas prosseguiram seguindo os passos. Um silêncio absoluto em todo o redor, passos lentos e esforçados.
– O que foi isso? – disse assustado o homem mais baixo. – Um galho se quebrou, Morjorik!
– Sim meu caro Fillyan, a neve é pesada e os finos galhos se quebram com tamanha força.
O baixinho se acalma, mas mesmo assim ele não parara de suspeitar que aquilo fossem passos.
Se abaixe! – sussurrou o grandalhão.
E as tochas?
Com os tórax encostados na neve, observava ao longe, depois das finas e altas árvores negras, um ser com vestes negras a roçagar pela neve.
Um Grunhay perdido? – sugeriu Fillyan com a boca transformada em uma leve linha arqueada.
Vamos lá, vamos derrota-lo.
Grunhay era um povo mais ao norte, inimigos do vilarejo donde a dupla de homens descendia.
O ser de vestes negras estava indo em direção à dupla, sendo espertos, ambos contorna-o com o máximo de silêncio possível. Agora eles prosseguem seguindo as antigas passadas na neve do ser à frente. Dão passos mais largos a fim de encontra-lo e surpreende-lo.
– Ei, parece que está perdido… Gru-nhay!? – Morjorik fala alto e claro o implicando.
A sombra ao meio do branco da neve parece não escutar ou o ignora e continua a avançar. Ambos os homens se olham e avançam mais alguns passos enquanto o outro a frente a pequenas passadas.
– Está a fim de brincar? – questionou sarcasticamente o grandalhão – Que tal mata-esconde?
Nenhuma resposta física da pessoa à frente. Ele estava ignorando o enticar. Sem mais paciência, Morjorik avança brandindo a sua espada ao alto contra o Grunhay.
Rapidamente o indivíduo alvo vira sobre seus calcanhares, roçagando com um alto som as longas e pesadas vestes negras. A espada é imobilizada acima da cabeça do oponente de Morjorik. O grande homem separa seus lábios secos e rachados, arregala os olhos e suas mãos começam a tremer ainda mais.
O indivíduo parara a espada de Morjorik com sua mão coberta por uma pele que pareciam ter escamas foscas, cinzentas, escuras e sem vida. As unhas eram compridas, pontudas e negras; ela envolvia o metal frio e prateado, iluminada pela luz que emanava da tocha. Os cabelos longos do homem eram tão negros como carvão, sua pele era pálida e cinzenta. Seus olhos estavam fechados, e em um deles, no lado esquerdo, uma cicatriz em forma de “V” que ia desde a bochecha até a metade de sua testa.
Com sua mão cheia de escamas negras, o indivíduo a cerra com toda a sua força fazendo a lâmina quebrar como vidro. Os fragmentos voaram a longos metros e em todas as laterais.
Morjorik dá três passos para trás apavorado, assim como seu companheiro.
– Carne humana – disse o homem com sua voz tão amedrontadora quanto ele – não é tão saborosa, mas com a fome que estou já é um aperitivo.
Os dois atacantes se apavoram e saem correndo com dificuldade naquela neve espeça. Há quilômetros dali, apenas se ouvia os gritos de dor e desespero dos pobres homens sendo devorados ainda vivos naquela noite fria, escura e silenciosa.
Uma alta muralha construída com a pedra mais fria e cinzenta protegia a cidade de Gornelyn de inimigos e de alguns seres desconhecidos.
O solo estava sem cor, pois a neve prevalecia sobre a vegetação rasteira no lado externo da enorme muralha; no alto dela, as congelantes manchas brancas como nos cumes das montanhas.
Um ponto negro ao meio da neve se locomovia lentamente, seus cabelos úmidos eram longos e negros, seus olhos estavam fechados, e em sua boca, mãos e face, um sangue tão escuro quanto a um vinho misturado com carvão; seus passos faziam desenhos vermelhos no branco gelado.
O ser vestido de negro se aproxima do portão de aço que se abria ao meio. Nenhum movimento é feito no alto da muralha. O homem fica em frente do portão escuro e pesado. Alguns estalos soaram e o portão começa a abrir lentamente, levou um minuto para ter largura suficiente na fenda para passar um homem como aquele.
Depois de dois passos já dentro da cidade, o ser começa a mancar e três guardas revestidos com armaduras tão escuras e resistentes quanto à muralha, onde eles apontavam em direção do homem que acabara de adentrar lanças com lâminas tão brilhantes e prateadas quanto uma das luas cheias.
– Está ferido? – indagou o guarda do meio com uma mistura de receio e desconfiança em seu rosto.
– Estou – respondeu o homem que vestia negro com uma voz debilitada – fui atacado por um grupo de Grunhay’s enquanto procurava um feiticeiro.
Os guardas se entreolharam.
– E os Grunhay’s estão aonde agora? – perguntou o guarda da esquerda dando um passo a frente ainda com a lança apontada.
– Me… me ajudem. – pede o homem de cabelos longos a se ajoelhar na neve fofa, sua face e seu corpo pareciam cansados, cedendo à força da gravidade, sua face se choca ao branco.
– Ajudem-no! – ordenou o guarda do meio cravando sua lança no chão.
O trio de protetores revestidos de aço ergue o velho, colocam sobre as costas de um cavalo negro e de pele brilhante e por fim, o levam a uma estrutura semelhante a uma pousada. Por dentro, era mais quente que lá fora, mas sem luxo algum. Entraram em um dos quartos e o deitaram em uma cama de palha, suja e exalava um odor de mofo.
As paredes eram de madeira escura e úmida, o chão era de piso de pedra fria.
– Tragam alguns panos ou cobertores! – ordenou o capitão a um dos guardas – Ele está morrendo de frio, eremos perde-lo e não nos servirá para nada!
Rapidamente, o guarda mais jovem se retira abrindo bruscamente a porta de madeira torta, e em poucos minutos, ele trouxera algumas peles com algodão um tanto sujas, mas capaz de matar o frio nas veias.
Um homem de roupa de couro surrada aparece espiando curioso na porta enquanto enxugava suas mãos em um pano amarelado.
– Deixaremos este homem aqui por esta noite, senhor Meloty!
– Como manda, Capitão Yuvan.
Ambos assentem com a cabeça e rapidamente os três guardas se retiram para continuar a patrulha que faziam naquela noite.
Depois da metade da noite, uma suave neve começava a cair dos céus cinzentos da cidade de Gornelyn, guardas rodeavam as várias ruas que nela possuía, os uivos dos lobos eram ouvidos às vezes, a cidade estava quieta, suas ruas eram iluminadas pelo fogo nos recipientes que pareciam grandes metades de esferas apoiados por um pedestal.
De manhã, uma jovem mulher de cabelos como a cor da prata, adentra na sala onde o homem estava em sono. Ela trazia uma bacia de metal com água limpa que espalhava vapor e um pano. Ela coloca o recipiente sobre a mesa com dificuldades provocando um impacto a madeira.
O homem de longos cabelos acorda abruptamente e olha para a mulher.
– Não se assuste – ela tranquilizou-o com uma voz serena – estou aqui para te lavar e cuida de seus ferimentos.
O homem recostou novamente sua cabeça ao monte de palha.
– E o seu nome? – questionou o vendo olhar ao teto.
– Dräza. – respondeu secamente.
– Meu nome é Shandara – ela molhava o pano na água quente enquanto o examina. – Nunca ouvi seu nome pelas redondezas, mora em que zona do aço?
Ele a encara rudemente, com seu cenho a franzir. Agora Shandara sabia que ele não gostaria de mais perguntas.
– Tire esses seus trapos negros que cheiram mal!
Depois, quando Dräza já estava nu, Shandara começava a limpar todo o sangue seco, as sujeiras da pele pálida e notar cicatrizes de finos cortes na região da coluna. O pano e a água mudavam de cor, cada passada ao corpo, mais marrom ficavam.
De repente, os olhos do homem, ainda despido, se arregalam olhando entre os seios da mulher que o tratava. Seus fitar era rígido, parecendo assustado ou surpreendido.
– Não sabia que mulheres como você existiam tão ao norte!
Ela sorriu sem saber o que demonstrar, se perguntava “O que ele estava falando?”.
Dräza a pega pelo braço e fita-a em seus olhos, círculos de um azul enegrecido como um céu da noite.
– O que está a fazer? – assustada tentava se desvencilhar da posse dele.
– Mulher, seus olhos são tão frios quanto os meus! Tu me servirás!
Em instantes, Shandara não falava e não demostrava nenhum desespero, parecia que estava hipnotizada, como se fosse apenas um pedaço de carne sem sentimento e vida.
Dräza, sentado despido sobre a cama, acaricia suavemente a face da jovem mulher que estava de joelhos. Os “cabelos negros” puxa o fino braço dela para si fazendo-a se levantar e ser jogada de bruços sobre a palha mofada.
– Um feiticeiro das trevas? – sussurrou Shandara lutando para se mover temendo o que poderia acontecer.
Sarcasticamente, o homem sorri a desatar o traçado de linhas das vestes da jovem.
– A… acha que sou uma puta?  – sussurrou novamente com lágrimas nos olhos.
Agora, seu rosto não demonstrava nenhum sentimento, apenas continuava a desatar rapidamente e brutalmente as cordas.
Ambos estavam despidos, o frio ainda reinava na cidade como se fosse o rei de todas aquelas terras, mas o corpo de Dräza ainda era mais frio. Ela apenas sentia o toque na sua pele enquanto escorria lágrimas em demasia do canto de seus olhos, e sua boca não produzia nenhum som, Shandara usava todo seu esforço para gritar, espernear, se livrar daquele sujeito das trevas, mas nada acontecia.
Um soluço de choro soou baixo em todo o aposento medíocre quando ela sentiu que havia dentro de seu corpo, algo que não a pertencia, o homem a fazia sentir muita dor.
Por minutos que se pareciam séculos ela teve que suportar os movimentos bruscos, a dor, sentir o sangue escorrer entre as pernas, a vontade de mata-lo, de rasgar a garganta daquele proferidor de seu agouro.
Dräza parou apenas quando estava satisfeito, apenas quando plantou o seu “eu” no corpo da mulher. Sangue escorria na cama, sangue de uma pobre jovem que outrora era honrada.
– FILHA! – gritou aquele homem de roupas de couro a escancarar a porta com vasta força.
Rapidamente o pai de Shandara cerra os pulsos em torno de uma barra de ferro que estava encostada na parede, deu dois passos largos e profere, com toda a sua força, um golpe para matar. Dräza o desviou nu se jogando ao piso frio de pedra.
O homem com o bastão se apavora em ver sua descendente naquele estado desonrado, com seu sangue e lágrimas a derramar.
Com os longos cabelos negros a dançar conforme os movimentos, ele pega com mãos rápidas suas vestes negras, o outro homem projeta mais um golpe no ar, por poucos centímetros não faz Dräza cair ao chão com sua cabeça a sangrar.
Shandara se levanta cobrindo seu corpo com os trapos que restavam das cobertas. Já o malfeitor, escapara velozmente se cobrindo, seus pés descalços entravam na neve com passadas largas fazendo sentir por apenas alguns instantes o chão.
– PEGUEM-O! MATEM-O! – berrava o protestante dando as mesmas longas passadas seguindo Dräza.
Ambos se direcionavam no portão da muralha que tinha três metros de abertura. O feiticeiro passa pelo portão e no lado de fora, seis guardas vestiam as mesmas armaduras escuras, as lanças são apontadas rapidamente para o homem que abruptamente rasgara seus pés na neve visando parar.
– Ele tirou a honra de Shandara! – delegou o pai da mesma – deverá ser sentenciado à morte!
 Ele cercado e ofegante cerra os punhos e gira sobre os calcanhares para fitar a face do pai da mulher. Em sua face, um largo sorriso que transbordava toda a sua arrogância.
– Vocês não podem me tocar, tolos! – retrucou vestindo sua pele pálida. – Você não pode mudar o destino, ele deve nascer por mim.
Sem saber o que ele orava, os guardas cravaram suas lâminas brilhantes em todo o corpo de Dräza, contudo, a sua materialidade se dissipava, um vento farfalhou os galhos das árvores mais ao noroeste, os cabelos negros do homem começaram a exalar uma espécie de fumaça tão densa e negra que pareciam uma extensão dos mesmos.
O corpo ficava cada vez mais escuro envolto daquela fumaça, ondas nela, se comportavam como se tivessem vida própria, os guardas se assustam a dar passos para trás.
– O que diabos você é? – perguntou o pai soltando o bastão de ferro.
– Eu sou todo o seu medo, a sua escuridão e a sua vingança, velho! – respondeu com uma voz mais grossa e áspera.
O ser é totalmente envolto pela escuridão no amanhecer.
A fumaça se comportava como uma nuvem tão negra e turbulenta que dava para ouvir sussurros de vozes amedrontadoras, e lentamente tudo ia sumindo, virando em nada até que, na frente dos seis homens, apenas restasse a presença dos mesmos.

O que ele realmente era? De onde ele veio? Agora, apenas o destino pode responder.




2 comentários :

  1. muuito legal a historia.. gostaria de ler ela. =)

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  2. quando é que vc vai começar a postar os proximos capitulos??
    Faz um tempão que e li o prologo e estou esperando os capitulos serem lançados estou realmente anciosa esperando

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